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Música Show de Isabella Taviani com hits do The Carpenters chega ao Recife; confira entrevista Show está marcado para esta sexta-feira (30), às 21h, no Teatro Guararapes, em Olinda

Por: Larissa Lins - Diario de Pernambuco

Publicado em: 30/09/2016 17:12 Atualizado em: 30/09/2016 16:12

Isabella Taviani homenageia ídolos da infância e adolescência na turnê Carpenters Avenue, que chega nesta sexta (30) ao Recife. Foto: Daryan Dorneles/Divulgação
Isabella Taviani homenageia ídolos da infância e adolescência na turnê Carpenters Avenue, que chega nesta sexta (30) ao Recife. Foto: Daryan Dorneles/Divulgação

Isabella tinha sete anos quando ouviu The Carpenters pela primeira vez. Please Mr. Postman tocava repetidamente nas rádios daquela época: nascia ali, envolvido pela voz de Karen Carpenter, o sonho de se tornar cantora. Nesta sexta (30), Isabella Taviani apresenta em Pernambuco a turnê de seu álbum Carpenters avenue (Coqueiro, R$ 19,90), um tributo às inspirações da infância, àquela fase, aos ídolos, aos hits que embalaram sua adolescência e início de carreira.

Confira o roteiro de shows do Divirta-se

"Eu precisava interpretar, sempre respeitando as gravações originais, mantendo o 'feeling' da voz incomparável da Karen, mas não me tornando 'apenas' um cover. O CD é uma viagem no tempo, onde eu sou apenas instrumento de contato entre o presente e o passado, e entre Isabella e Karen Carpenter", disse a artista sobre o projeto, em entrevista ao Viver. Ela sobe ao palco do Teatro Guararapes, em Olinda, Região Metropolitana do Recife, nesta sexta (30), às 21h.

SERVIÇO

Quando: 30 de setembro, às 21h
Onde: Teatro Guararapes (Centro de Convenções de Pernambuco - Av. Prof. Andrade Bezerra, S/N - Salgadinho, Olinda)
Quanto: R$ 140 (pista inteira) e R$ 120 (balcão inteira), com direito a meia-entrada.

ENTREVISTA: Isabella Taviani, cantora e compositora

"O tipo de música que mais circula no mundo musical do país não é, definitivamente, a que eu faço."


Como começou sua paixão pelos Carpenters?
Ouço Carpenters desde os meus 7 anos de idade. Época em que o single Please Mr. Postman invadiu as rádios! Logo em seguida Only Yesterday e Solitaire também ganharam meu coração. A voz de Karen Carpenter foi uma grande inspiração na construção do sonho de me tornar uma cantora.

Esse é seu primeiro trabalho como intérprete. Como foi a preparação para ele? O que muda em relação ao desenvolvimento de um álbum autoral?

Como compositora, e já tendo gravado diversos discos autorais, enveredar nesse universo de releituras de canções imortalizadas foi muito arriscado. Claro que hesitei demais antes de aceitar o convite de gravar em Los Angeles. Porém, à partir do momento em que decidi, fui em frente sem olhar para trás. Eu precisava interpretar, sempre respeitando as gravações originais, mantendo o “feeling” da voz incomparável da Karen, mas não me tornando apenas um “cover”. O CD é uma viagem no tempo, onde eu sou apenas instrumento de contato entre o presente e o passado, e entre Isabella e Karen Carpenter. Num trabalho autoral, as canções são inéditas. Não há comparações do original e a nova versão. Por isso, é mais fácil  sentir liberdade total.

Qual o critério de seleção das músicas para o álbum? Qual o significado delas para você?
Como fã de carteirinha, literalmente pois faço parte do fã Clube dos Carpenters desde 1982, foi uma tortura chegar às 14 faixas. Optei em seguir meu coração, muito mais do que somente gravar os “medalhões” da dupla Norte Americana. As canções mais lado “B” tiveram também seu lugar neste repertório! No show eu acrescento algumas canções que faltaram ao disco e aí agrado a todos.

Como foi gravar no Capitol Studios? Como foi articulada a parceria com a cantora Dionne Warnick?

Gravar na Capitol era inimaginável! Nunca pensei nisso, nem idealizei. Simplesmente aconteceu. Um estúdio com tanta história que deixa o ambiente repleto de energias contagiantes. Vivas. Cores e temperaturas envolventes. Dionne  Warwick é uma dama da música! É claro que foi emocionante e realizador. Mas a maior razão deste dueto acontecer foi devido à profunda amizade que existia entre ela e Karen Carpenter. Quando estivemos juntas, gravando lá em Los Angeles, eu olhava pra ela e dizia sem palavras: Karen, este é meu presente pra você…

Como avalia a fase atual da carreira? Em que se sente melhor do que no passado, no início da sua trajetória musical?
Acho que eu tenho me empenhado em fazer coisas diferentes. O caminhada é muito mais importante que a chegada ao destino. Aliás, nem sei qual é o meu destino… Sei que, todo dia acordo atenta aos sinais que a música teima em me dar, para que a cada novo álbum exista algo a acrescentar a minha vida e à vida daqueles que curtem meu trabalho. No inicio da minha carreira o mais importante era conseguir um espaço pra começar. Agora, depois de 13 anos, é preciso estar atento e forte, porque o tipo de música que mais circula no mundo musical do país não é, definitivamente, a que eu faço.

Tem planos para um próximo álbum? Algum novo projeto já está engatilhado?
Sim, acredito que no meio do ano de 2017 eu inicie novo CD. Muitas canções inéditas estão gritando para serem gravadas! E vai ser muito bom voltar a cantar em português! (risos)

Tem alguma referência musical pernambucana?
Nando Cordel, Alceu Valença, Lenine, Geraldo Azevedo... são as maiores referências que eu tenho. Mas também tenho visto novas bandas de rock surgindo com um som meio anos 70 que eu tô curtindo também. 

Como é sua relação com o público local?

O público pernambucano é muito caloroso comigo. Aliás com todos, não é mesmo? Adoro cantar no Recife! Não sei bem como será a receptividade com este novo trabalho só de canções dos Carpenters, mas posso garantir que meus fãs não deixarão de ouvir neste show as músicas que fizeram parte da minha história, como: Diga Sim Pra Mim, Digitais, Último Grão, Sentido Contrário, A Canção Que Faltava, Luxúria e De Qualquer Maneira (Peixinho). E ainda pode haver outra surpresa.

O que a Isabella adolescente, fã dos Carpenters, acharia desse seu álbum?
Já me fiz esta pergunta algumas vezes. A resposta veio pela voz de outras fanáticos pelos Carpenters: amor à primeira ouvida. É um trabalho de uma fã que sabe o que a dupla Karen & Richard significa em sua vida.

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