Cinema Nova versão de Sete Homens e um Destino adota estilo clássico Denzel Washington interpreta o pistoleiro que comanda um grupo contratado para proteger uma vila no Velho Oeste

Por: Júlio Cavani - Diario de Pernambuco

Publicado em: 22/09/2016 08:51 Atualizado em: 22/09/2016 11:31

Diversidade étnica é uma das novas características do septeto. Foto: Sony/ Divulgação
Diversidade étnica é uma das novas características do septeto. Foto: Sony/ Divulgação
 
Sete homens e um destino não traz grandes inovações ao gênero e nem se tornará uma referência, mas é imperdível para quem procura acompanhar a macronarrativa dos grandes faroestes americanos. Afinal, é a refilmagem de uma das maiores clássicos do cinema e tem Denzel Washington à frente do elenco, sob direção do cineasta Antoine Fuqua, com quem o ator já trabalhou em Dia de treinamento, pelo qual ganhou um Oscar. É um projeto pretensioso e grandioso.

Clique aqui para ver os horários dos filmes em cartaz

Lançado em 1960, Sete homens e um destino (The magnificent seven) transportou para o Velho Oeste a essência da trama do filme japonês Os sete samurais (1954), dirigido por Akira Kurosawa. A nova versão é baseada em ambos os clássicos, que também já ganharam uma releitura infantil em 1998 com a animação Vida de inseto. Trata-se basicamente da história de uma vila de camponeses que solicita a ajuda de um grupo de forasteiros para lutar contra a opressão de invasores.

Versões anteriores da mesma história em 1954, 1960 e 1998. Foto: Sony/ Divulgação
Versões anteriores da mesma história em 1954, 1960 e 1998. Foto: Sony/ Divulgação

Os diferenciais da produção de 2016 são uma ênfase na diversidade étnica e uma mensagem anticapitalista, além de um número de tiros por minuto bem acima da média geral. Baseado em um material consagrado e ambientado no século 19, Sete homens e um destino não arrisca ousadias, não força a barra para ser moderno e mantém-se como um filme heróico essencialmente tradicional, sem ostentação, por exemplo, nos efeitos especiais digitais.

Apesar da violência, o filme busca a elegância e não se rende à influência dos videogames ou dos videoclipes. A marcante música-tema do original de 1960 (também utilizada pelo vaqueiro Beto Carreiro no Brasil) é resgatada nos créditos finais.

Quem quer expulsar os aldeões das casas é um empresário do ramo da mineração, que não pensa duas vezes antes de matar inocentes em nome do dinheiro. É possível até mesmo identificar uma coincidência com o filme pernambucano Aquarius, que também retrata uma personagem disposta a tudo para permanecer no lugar onde mora.

Uma corajosa viúva do vilarejo (Haley Bennett) contrata o personagem de Denzel Washington, que lidera um grupo de pistoleiros. Junto com ele, há um índio (Martin Sensmeier), um coreano (Byung-hun Lee), um mexicano (Manuel Garcia-Rulfo) e mais três caubóis. Um deles é interpretado por Ethan Hawke, que também participou de Dia de treinamento. Outro é vivido por Chris Pratt, que recentemente protagonizou os sucessos Guardiões da Galáxia e Jurassic World, responsável por momentos de humor. O terceiro é Vincent d'Onofrio (Nascido para matar). Peter Sarsgaard assume o papel do vilão, com um estilo de interpretação cheio de trejeitos maneiristas que reforça tom icônico do filme.



MAIS NOTÍCIAS DO CANAL