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Premiada atriz recifense participa de minissérie global gravada em Pernambuco
Depois de passagens por filmes como Casa Grande, Aquarius e novelas como Babilônia e A Regra do Jogo, ela volta às telas da TV no dia 22
Por: Breno Pessoa
Publicado em: 14/08/2016 12:00 Atualizado em: 15/08/2016 21:31
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| "Tenho a maior vontade de me encontrar nos sets com Irandhir Santos. É um ator completo", diz Clarissa Pinheiro, atriz de Justiça. Foto: Rafael Machado/Divulgação |
Jornalista por formação, a recifense Clarissa Pinheiro iniciou a carreira de atriz por acaso. Apaixonada por arte, especificamente pelo audiovisual, ela se mudou para o Rio de Janeiro em 2010 e foi estudar na Escola de Cinema Darcy Ribeiro, onde foi aluna de Fellipe Barbosa no curso de direção. O professor gostou tanto da atuação da aluna em produções feitas pela turma que a convidou para participar do próximo filme dirigido por ele, Casa grande (2014). Não foi só o cineasta que enxergou o potencial da atriz iniciante: naquele ano, Clarissa ganhou o Troféu Menina de Ouro de Melhor Atriz Coadjuvante no Festival de Paulínia.
Depois de passagens por novelas como Babilônia, A regra do jogo e séries como Espinosa (GNT) e O grande Gonzales (Fox), ela volta às telas no dia 22, na minissérie Justiça, da Globo, que teve parte das gravações realizada no Recife. Os laços com o estado seguem fortes: o mais recente papel dela foi em Aquarius, do recifense Kleber Mendonça Filho, finalista no Festival de Cannes (França) e que esteia em 1º de setembro nos cinemas.
Edição
Antes de ser atriz, Clarissa trabalhou com edição de vídeo, atividade que continua praticando entre um papel e outro. A recifense busca uma compreensão mais completa sobre todos os processos envolvidos na produção audiovisual. Para o futuro, ela espera também desenvolver projetos como diretora e atuar no teatro. A formação em jornalismo ficou de lado, mas ela relembrou a profissão em Aquarius, filme em que interpretou uma jornalista.
ENTREVISTA
Como tem sido a transição entre a TV e o cinema?
São ritmos diferentes de filmagem, de linguagem e de tempo. No cinema, você acaba gravando tudo em uma só tirada. Ainda não peguei aquele ritmo frenético da novela, de gravações por muitos meses. Mas em Justiça a pegada é mais parecida com a de cinema. A primeira gravação com eles foi em junho e deve ir até o final de agosto. Eu estou adorando, é uma equipe muito boa, está sendo ótimo, uma troca muito boa, com um pessoal que tem experiência.
Com quem você gostaria de atuar?
Tenho a maior vontade de me encontrar nos sets com Irandhir Santos. É ator completo, de muita entrega, cara que me encanta. E, na direção, tive a chance recente de trabalhar com Kleber Mendonça Filho, que era desejo meu. É uma honra e sempre tenho vontade de trabalhar com a galera do Recife. Gabriel Mascaro e Lírio Ferreira são outros que admiro. E, quem sabe, vamos sonhar alto, Fernando Meirelles.
Você estudou direção. Pretende colocar em prática?
De direção, eu dei uma parada, mas eu penso mais para frente. Por enquanto, quero entender mais esse universo da atuação, até para me completar como diretora, entender a cena. Sempre me encantei por todos os lados, em frente ou por trás das câmeras.
Pensa em trabalhar também no teatro?
Tenho trabalhado e estudado muito texto, na ideia de fazer algo no teatro, um monólogo. Faço aulas de teatro, com (o dramaturgo) Daniel Herz, e trabalho improviso. Estou investindo muito nisso, é algo que me encanta, mas, por enquanto, são projetos próprios.
Você tem sentido presença do estado no audiovisual?
Tenho observado um movimento forte de valorização da nossa cultura, do nosso sotaque, por essa carga toda que a gente traz, algo que sempre foi muito forte e fez os olhares se voltarem para aí. Querem quebrar essa coisa de sotaque neutro, que todo mundo fala como carioca ou paulista, estão correndo para outras culturas. Acho o máximo.
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