Web Polícia Militar pede boicote a Justiça por PM vilão Corporação acredita que o sargento Douglas, interpretado por Enrique Diaz, deseduca o cidadão e estimula o desrespeito

Por: Viver/Diario - Diario de Pernambuco

Publicado em: 28/08/2016 16:55 Atualizado em: 28/08/2016 17:04

Sargento Douglas planta drogas na casa de Fátima e ela acaba sendo presa. Foto: Globo/Divulgação
Sargento Douglas planta drogas na casa de Fátima e ela acaba sendo presa. Foto: Globo/Divulgação

A Polícia Militar do Rio de Janeiro divulgou uma nota de repúdio à minissérie Justiça, da Globo. O texto publicado na página do Facebook da PM do Estado do Rio de Janeiro sugere que os policiais e seus familiares boicotem a série. "Mesmo com uma infinidade de situações que poderiam ser retratadas, a minissérie escolhe como vilão um Policial", diz trecho. 

Segundo o comunicado, a série gravada no Recife e em Olinda "deseduca o cidadão e estimula o desrespeito à Polícia". "O que de melhor pode ser feito diante de um programa de péssimo gosto e pouca criatividade: mudem de canal", diz a postagem assinada pelo coronel Oderlei Santos, coordenador de comunicação da corporação. 

Na trama escrita por Manuela Dias, o policial militar se chama Douglas e é interpretado por ator Enrique Diaz. A história do personagem foi contada no episódio de terça-feira. Douglas é o vizinho problemático de Fátima (Adriana Esteves). Eles brigam e ela termina atirando e matando o cachorro do sargento. 

Por sua vez, ele se vinga plantando droga na casa da empregada, que acaba sendo presa. O sargento também apareceu na história de Rose, que vai se desenrolar às quintas-feiras. Ele participa da batida policial feita no luau na praia do Pina e comete o crime de racismo. O PM libera Débora (Luisa Arraes) e detém Rose (Jéssica Ellen) para ser revistada por ela ser negra. A jovem, que é filha da empregada, estava com maconha e também vai presa. 

Veja o comunicado na íntegra:
#REPÚDIO A #PMERJ manifesta o repúdio em relação ao que está sendo retratado na mini-série Justiça da Tv Globo. Mesmo com uma infinidade de situações que poderiam ser retratadas, a mini-série escolhe como vilão um Policial.
Justamente aquele profissional que defende a sociedade com a própria vida;
justamente aquele profissional que zela pela segurança do cidadão;
justamente aquele profissional que garantiu a tranquilidade dos Jogos Olímpicos.
O que estará pensando a viúva ou um órfão de um Policial, herói de verdade, que perdeu sua vida no combate ao crime.
O que estará pensando o filho de um Policial, herói de verdade, que ficou paraplégico na luta contra o crime. O que estará pensando o Policial componente da Polícia Militar, Ativo e Inativo. Esse tipo de programa, da mesma forma que um humorístico recente, deseduca o cidadão. Estimula o desrespeito à Polícia. 
E, ainda que não faça uma referência à PMERJ, faz referência às Instituições Policiais Militares. Quem enfraquece a Polícia está enfraquecendo a Sociedade ... e fortalecendo o Crime. Aos Policiais Militares e seu Familiares é sugerido que façam o que de melhor pode ser feito diante de um programa de péssimo gosto e pouca criatividade: MUDEM DE CANAL. Contem sempre com a Polícia Militar!!!
Cel Oderlei Santos
Coordenador de Comunicação Social da PM



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