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Quadrinho da Turma da Mônica Jovem gera polêmica na internet
Roteirista foi alvo de ataques machistas devido a um quadrinho no qual Mônica defende a autonomia sobre o corpo
Por: Viver/Diario - Diario de Pernambuco
Por: Correio Braziliense
Publicado em: 09/07/2016 11:59 Atualizado em: 09/07/2016 12:04
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| Quadrinho foi desenhado por Petra Leão, cuja demissão foi solicitada nas redes sociais. Foto: Turma da Mônica/Reprodução |
Petra Leão, roteirista dos quadrinhos Turma da Mônica Jovem, sofreu ataques machistas na internet por conta de uma frase dita pela personagem Mônica na edição número 94. Na história, os amigos de Mônica discutem se ela deve ou não colocar aparelho nos dentes. Irritada, a personagem solta a seguinte frase: "Meu corpo, minhas regras", famosa palavra de ordem utilizada pelos movimentos feministas.
O quadrinho foi compartilhado pelo escritor Olavo de Carvalho para ilustrar uma matéria sobre aborto, o que deu início à polêmica. "A transformação da inocente Revistinha da Mônica num odiento discurso abortista é outro", reclamou ele no Twitter, rede social no qual é seguido por 110 mil pessoas.
A expressão causou revolta em leitores e internautas mais conservadores que passaram a agredir e ameaçar Petra. Em algumas mensagens a publicação foi acusada de "doutrinação esquerdista" e até a demissão de Petra Leão foi pedida à Maurício de Sousa Produções. "Olhem no que transformaram a turma da Mônica, quem escreve agora é a feminazi da @petraleao", reclama um deles.
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| Foto de capa da página no Facebook da Turma da Mônica também traz mensagem de empoderamento feminino. Foto: Turma da Mônica/Reprodução |
Na página oficial, a equipe da Turma da Mônica Jovem declarou que as "histórias em quadrinhos existem há mais de 50 anos e não servem só para diversão e entretenimento, mas também para levantar discussões sobre temas saudáveis e com muito respeito".
Alguns colegas homens que também assinam a mesma publicação saíram em defesa de Petra, sugerindo, inclusive, que o próprio fato de as agressões estarem concentradas em uma mulher seria fruto da cultura machista no meio nerd. A roteirista declarou que a ideia da publicação era incentivar "a autoaceitação e o amor próprio, independente dos padrões de beleza, e que não esperava que a mensagem fosse interpretada dessa forma."
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