Defesa
Pastor acusa ex-cantora Bianca Toledo de ameaçá-lo. Assista ao vídeo
De cabeça raspada, ele afirmou que o choque diante da notícia foi grande e por isso resolveu tomar alguns calmantes para dormir
Por: Viver/Diario - Diario de Pernambuco
Publicado em: 14/07/2016 16:15 Atualizado em: 14/07/2016 16:54
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Felipe também acusa Bianca de ter forçado a situação e tê-lo ameaçado com o divórcio. Foto: Reprodução/Facebook |
O pastor Felipe Heiderich, 35, acusado de pedofilia contra o enteado, filho da escritora, pastora e ex-cantora gospel, Bianca Toledo, resolver dar a versão dos fatos que pensam contra ele. Nesta quarta-feira (13), ele divulgou um vídeo contando sobre as acusações feitas por Bianca, que ainda é sua esposa, incluindo a de que ele é gay e teria abusado de seu filho de apenas 5 anos.
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"Eu precisava me recuperar um pouco. Eu sempre achei que todo mundo era inocente até que se provasse o contrário. Mas, o que eu vivi nesses últimos dias, semanas, é que todos são culpados até que se prove o contrário. Assim como vocês, eu fiquei em choque com tudo o que foi dito a meu respeito e todas as acusações. Até dia 12, eu estava em família, feliz, ministrando na igreja, com uma criança que eu amei, que eu mais amei nessa vida, que eu ajudei a criar com a minha esposa. No dia 14, eu sou comunicado por ela de que ela tinha descoberto que eu era homossexual e pedófilo. Ela pegou, saiu de casa com meu filho e ali começaram os piores dias da minha vida", afirmou.
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No vídeo, postado no canal YouTube, Felipe dá detalhes sobre como chegou na clínica psiquiátrica e os cinco dias que passou na prisão. Foto: Reprodução/Facebook |
"Eu peguei dois vidros de Rivotril, um estava completamente vazio e outro estava pela metade. Eu peguei esse, virei e deixei um pouco ainda. Não porque eu queria me matar, mas porque eu queria dormir, dormir. Por achar que aquilo era algo da minha mente, um equívoco qualquer", disse. "Eu lembro que virei para minha esposa e perguntei se ela não ia me dar a opção da dúvida, se ela não ia querer ouvir que aquilo era uma das maiores mentiras possíveis, se era um plano de Satanás", completou. Segundo Felipe, Bianca não deu ouvidos a ele.
A repercussão do caso foi rápida, inclusive com especulações sobre a história contada por Bianca. Felipe perdeu o cargo como pastor, a igreja encerrou as atividades ele ficou preso por cinco dias, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. No vídeo, ele comenta seu afastamento religioso e pede perdão a todos.
"Eu quero pedir perdão à Igreja de Deus porque, talvez, muitos na fé que me acompanham e acompanham nosso ministério tenham sido enfraquecidos. Mas entenda, me desculpa. Essa nunca foi a minha intenção, mas eu não soube lidar... Eu só queria sumir. Deus não teve a ver comigo", fala o pastor que se diz ser uma "vergonha para o Evangelho".
Felipe também acusa Bianca de ter forçado a situação. De acordo com ele, sua internação foi feita enquanto ele ainda estava dopado e Bianca o ameaçou pedindo a separação, ao lado de um advogado. “A minha esposa levou um advogado na clínica e me ameaçou pedindo a anulação do casamento ou um divórcio consensual, abrindo mão de tudo. Sabe o que eu fiz? Eu disse que não iria assinar e o advogado falou que eu só tinha a perder”, revelou.
Liberdade
Felipe Heiderich deixou a penitenciária na madrugada do último domingo (10), sem tornozeleira eletrônica, como havia sido determinando pela Justiça do Rio. O estado alegou que está sem o equipamento. O inquérito policial sobre a acusação de pedofilia feita por Bianca Toledo concluiu que há indícios que provam o crime de abuso.
Em entrevista ao jornal Extra, Cristiana Bento, da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima, delegada que investiga o caso, informou que os relatos de três babás que trabalharam com a família, laudos psicológicos e psiquiátricos da criança, e o depoimento da mãe serviram como base para a investigação. Nenhuma das pessoas ouvidas até agora presenciaram o estupro.
"Efetivamente, ninguém viu o estupro. A prova que temos são relatos testemunhais. Trabalhamos apenas com indícios, e não com provas cabais", explicou Cristiana. O computador e o celular do pastor também foram analisados, mas os policiais não encontraram nenhuma prova concreta do crime. O caso agora segue para a Justiça, em sigilo. Confira o vídeo:
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