Romântico Clássico romântico de 1966 entra em cartaz no Cinema São Luiz Vencedor do Oscar e do Festival de Cannes, filme Um Homem e uma Mulher é exibido com cópia restaurada no sábado e no domingo

Por: Júlio Cavani - Diario de Pernambuco

Publicado em: 14/07/2016 08:54 Atualizado em: 14/07/2016 08:47

Cenas coloridas são intercaladas com imagens em preto e branco ao longo do filme (Bonfilm/ Divulgação)
Cenas coloridas são intercaladas com imagens em preto e branco ao longo do filme


Um homem e uma mulher, um dos filmes de amor mais icônicos da década de 1960, pode ser visto em tela grande no Recife, em versão restaurada, com imagem cristalina e som límpido, sábado (15h45) e domingo (17h40), no Cinema São Luiz. O clássico do cineasta Claude Lelouch retrata os românticos encontros e desencontros entre uma viúva e um viúvo que se conhecem na escola onde os filhos estudam em uma fria praia no litoral da França, ao som de uma marcante trilha sonora.

O longa-metragem venceu a Palma de Ouro no Festival de Cannes em 1966 e depois ganhou o Oscar em duas categorias (melhor roteiro e filme estrangeiro), além do Globo de Ouro de melhor atriz para Anouk Aimée (também indicada ao Oscar). A música-tema ficou mais conhecida que o filme em si.


Por causa da condição de vida dos personagens, que possuem
filhos e enfrentaram a morte de companheiros, o filme parece ser um drama adulto. No entanto, a história é contada com uma simplicidade sentimental tão grande que as emoções não parecem tão complexas. Alguns momentos parecem travessuras amorosas.

O que mais comove mesmo é a beleza das cenas, seja pelas paisagens fotografadas com poesia ou pelos detalhes dos corpos. Há inclusive uma identificação poética com a Bossa Nova, que participa diretamente de uma sequência com música de Vinicius de Moraes e Baden Powell. A narratividade é bastante criativa e ousada, com trechos em preto & branco intercalados com imagens coloridas em uma harmoniosa alternância entre flashbacks, pensamentos visuais, vozes em off e ações mais lineares.

Interpretado por Jean-Louis Trintignant (recentemente visto no premiado filme Amor, de Michael Haneke), o "homem" é um piloto automobilístico. Isso dá ao filme um certo excesso de momentos a bordo de automóveis, que podem ainda representar a arriscada transitoriedade dos amores. O falecido marido da "mulher" (Anouk) era dublê de cinema. As profissões dos dois personagens masculinos trazem cenas de ação e velocidade ao filme, com direto a explosões.

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