Inverno FIG 2016: Cantor Di Melo afirma que é um pokémon Pernambucano fez show na noite de segunda-feira na Praça Dominguinhos, onde também se apresentaram Nação Zumbi e Clayton Barros

Por: Júlio Cavani - Diario de Pernambuco

Publicado em: 26/07/2016 16:43 Atualizado em: 26/07/2016 18:08

Di Melo cantou músicas do novo disco e também resgatou as antigas. Fotos: Leo Caldas/ Fundarpe/ Divulgação
Di Melo cantou músicas do novo disco e também resgatou as antigas. Fotos: Leo Caldas/ Fundarpe/ Divulgação
 
"Eu sou um pokémon", disse Di Melo ao encerrar o show que fez na noite de segunda-feira no Festival de Inverno. Por causa de um disco lançado em 1975, o cantor passou a ser cultuado após ser redescoberto nos últimos anos. É como se ele tivesse sido reencontrado depois de passar décadas longe da mídia. Em abril de 2016, finalmente lançou um segundo álbum, cuja músicas foram apresentadas em Pernambuco ao vivo pela primeira vez em Garanhuns, com boa recepção da plateia.

Depois de Di Melo, a Nação Zumbi fez um show que misturou músicas do disco Afrociberdelia (lançado há 20 anos) e canções mais recentes. Apresentaram também uma versão do clássico China girl, de David Bowie. Do álbum Da lama ao caos (1994), eles só tocaram Bandidismo por uma questão de classe (com uma maior valorização da introdução de baixo tocada por Dengue).

As músicas do grupo modificam-se aos poucos ao longo dos anos. Meu maracatu pesa uma tonelada, por exemplo, está mais lenta, mas ainda assim pesada. Um passeio no mundo livre está mais acelerada.

Ao longo do show, os músico fizeram diversos protestos conta Michel Temer junto com o público e criticaram a acomodação da população que não tem mais ido às ruas para protestar, apesar das novas denúncias de corrupção.

Guitarrista da Nação Zumbi, Lúcio Maia ergue camisa com as palavras Vaza Temer. Ele também mandou dedadas para Michel e criticou a diminuição de protestos nas ruas
Guitarrista da Nação Zumbi, Lúcio Maia ergue camisa com as palavras Vaza Temer. Ele também mandou dedadas para Michel e criticou a diminuição de protestos nas ruas

A programação do palco começou com Clayton Barros, que tocava violão na extinta banda Cordel do Fogo Encantado e agora assume uma carreira solo. No novo show, eles aprofunda o estilo próprio que começou a desenvolver no antigo grupo, do qual ainda toca algumas músicas. A abertura da programação do palco foi feita pelo projeto de hip hop Loucos Nordestinos.


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