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Bate papo Anna Muylaert debate filme inspirado no Caso Pedrinho no Recife Diretora do premiado Que Horas Ela Volta? conversa sobre o novo longa-metragem, Mãe Só Há Uma

Por: Viver/Diario - Diario de Pernambuco

Publicado em: 26/07/2016 14:45 Atualizado em: 26/07/2016 14:52

Diretora vai falar sobre a produção do longa, que se baseou no famoso Caso Pedrinho. Foto: TV Brasil/Divulgação
Diretora vai falar sobre a produção do longa, que se baseou no famoso Caso Pedrinho. Foto: TV Brasil/Divulgação


O Cinema da Fundação Joaquim Nabuco recebe, nesta terça-feira (26), a diretora Anna Muylaert para uma conversa com o público às 19h30, após a sessão das 18h10 do filme Mãe só há uma. O novo longa da diretora de Que horas ela volta?, que em 2015 remexeu com os valores dos brasileiros nas relações entre patrões, babás e empregadas domésticas, conta a saga do menino Pedrinho, conhecido nacionalmente por ter sido roubado da maternidade quando era um bebê. 

Os ingressos para o evento custam R$ 5. Quem já assistiu ao filme pode chegar apenas para o debate. A direção da instituição adianta que o número de pessoas está sujeito à capacidade da sala. O Cinema da Fundação fica na Avenida 17 de Agosto, nº 2187, Casa Forte, no Museu do Homem do Nordeste.

Pela segunda vez consecutiva, a cineasta toca no tema da maternidade, mas diante de uma história mais dolorosa e até trágica, narrada de forma mais contida, com poucos recursos de ênfase dramática além do peso das situações em si. O roteiro, escrito por ela, é inspirado no caso real de Pedrinho, levado de uma maternidade em 1986 e localizado 16 anos depois.

Cineasta toca no tema da maternidade, mas diante de uma história mais dolorosa e até trágica. Foto: Vitrine Filmes/Divulgação
Cineasta toca no tema da maternidade, mas diante de uma história mais dolorosa e até trágica. Foto: Vitrine Filmes/Divulgação


No debate, a diretora vai falar sobre a produção do longa, que se baseou no famoso caso, onde o garoto Pedrinho passou a vida na casa da mulher que o sequestrou e o criou. Quando o crime é desvendado, a sequestradora é detida pela polícia e ele vai morar com os pais biológicos. O momento da revelação e dos questionamentos coincide com a fase de descobertas sexuais do garoto, que toca em uma banda de rock, pinta as unhas de azul e tem envolvimentos afetivos com meninos e meninas, uma situação inesperada para a nova família.

Polêmica
Esta é a primeira vez que a cineasta volta ao Cinema da Fundação após a polêmica ocorrida no ano passado envolvendo os também cineastas Cláudio Assis e Lírio Ferreira. Na época, a instituição puniu por um ano Cláudio e Lírio após constrangimentos no debate do filme Que Horas Ela Volta?

A polêmica começou após posts no Facebook comentarem o debate ocorrido depois da sessão de Que Horas Ela Volta?. Vários espectadores criticaram a postura dos cineastas Lírio Ferreira e Cláudio Assis (Amarelo Manga), amigos da diretora e que estavam presentes na sessão. Segundo os relatos, em determinado momento Cláudio chegou a chamar de "gorda" a atriz Regina Casé, protagonista do longa.

Pelo Facebook, Anna Muylaert comentou o episódio, através de comentário em postagem do diretor de arte de Que horas ela volta?, Thales Junqueira: "Gente, foi foda, foi infantil. a gente tentou controlar com respeito. a questão é: porque alguns homens não SABEM ficar a sombra? tem que estar sempre NO CENTRO? era isso tambem o que eu falava ontem sobre o homem aprender a atuar no seu lado feminino. porque alguem tem que brilhar sempre? porque sempre YANG? essa desvalorizacao do lado YIN , do lado silencioso do ser? isso leva a decandencia! ninguem pode brilhar 100% do tempo. pode parecer estranho mas essa infantilidade, ao meu ver, é talvez uma das grandes fontes originais da mente machista."


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