Artes Cênicas 13º Mostra Brasileira de Dança começa nesta sexta-feira sob o signo da resistência Evento encolheu em comparação com anos anteriores, mas manteve programas e promete noite histórica com apresentação de Zambo, do Grupo Experimental

Por: Isabelle Barros

Publicado em: 28/07/2016 08:12 Atualizado em:

O espetáculo Okiris, do Balé Teatro Guaíra, abre a 13ª Mostra Brasileira de Dança. Crédito: Cayo Vieira/Divulgação
O espetáculo Okiris, do Balé Teatro Guaíra, abre a 13ª Mostra Brasileira de Dança. Crédito: Cayo Vieira/Divulgação


A Mostra Brasileira de Dança (MBD), cuja 13ª edição começa nesta sexta-feira (29) e vai até o dia 7 de agosto, traz a resistência como característica fundamental para a sua realização neste ano, em uma época especialmente ingrata para a realização de atividades culturais. Nesta edição, a mostra encolheu em número de atrações e teve um recorte mais local, mas ao menos não perdeu sua estrutura principal, com aposta não apenas em espetáculos, mas em oficinas e seminários.

A solução da produção da mostra, então, foi regionalizar os grupos selecionados e convidar os nomes nacionais, em vez de abrir edital, como em anos anteriores. Este ano, sete companhias compõem a grade de espetáculos, sendo dois de outros estados: o Balé Teatro Guaíra, do Paraná, e o Núcleo Viladança, de Salvador (BA). Além disso, há as tradicionais mostras de coreografias de grupos em formação e grupos profissionais. Os pernambucanos são o Coletivo Incomum e o Qualquer um dos dois Companhia de Dança, ambos de Petrolina, além dos recifenses Coletivo Lugar Comum, Studio de Danças e o Grupo Experimental, cuja cofundadora e diretora, Mônica Lira, é a homenageada deste ano.

Íris Macedo, coprodutora da MBD junto com Paulo de Castro, admite as dificuldades de realização, mas também sublinha que a própria realização do evento já é uma vitória. “Está sendo realmente muito desafiador realizar a mostra em 2016. Tivemos o incentivo de R$ 200 mil do Funcultura, além de apoio em serviços da Prefeitura do Recife e do Governo do Paraná, com o Balé Teatro Guaíra. A redução na captação foi de 70%, houve uma readequação, mas mantivemos a diversidade de estilos presentes na mostra”.

A presença do Teatro Guaíra, por exemplo, não vai se resumir apenas às apresentações de abertura da MBD, com Orikis, na sexta, às 20h, e Trânsito, no sábado (30), às 20h30. Também no sábado, às 11h, o Compaz do Alto Santa Terezinha vai receber a performance Visita Guiada, na qual alguns bailarinos da companhia se tornarão “obras” de arte expostas para visitação de forma não convencional, para propor uma reflexão sobre o significado do corpo do artista e em como ele é visto.  Assim como em museus, quem estiver por lá vai receber fones de ouvido e pode escolher acompanhar o bailarino de seu interesse.

De acordo com Íris, as inscrições já estão abertas para a edição de 2017, feitas exclusivamente pela internet, e a esperança é de momentos melhores para a dança em Pernambuco. “No Recife, existe uma demanda a ser explorada. Em um levantamento informal feito por mim, temos um evento com dança a cada dois meses na cidade. Até 2018, queremos completar todos os estados na mostra. A MBD é um festival profissional e uma forma de impulsionar o produto artístico local, além de mostrar o que acontece no Brasil”.

HOMENAGEM A MÔNICA LIRA
Para a bailarina e coreógrafa Mônica Lira, a homenagem da Mostra Brasileira de Dança é um reconhecimento bem-vindo e também uma oportunidade de reflexão profunda sobre a arte em tempos cada vez mais turbulentos. A fundação do Grupo Experimental, há 23 anos, trouxe à cidade um espaço de formação e um coletivo sem medo do risco. “Considero esta homenagem muito mais relacionada ao conjunto da obra do Experimental e às pessoas que estiveram ao meu lado. O convite me deixou em um lugar de reflexão sobre o meu lugar na cidade e quem ainda continua atuando em grupos”, pontua.


A comemoração também é uma oportunidade de ver três trabalhos do grupo: Zambo, que estreou em 1997 e terá quatro gerações de bailarinos, Pontilhados, apresentado pela primeira vez no início do ano nas ruas do Bairro do Recife e Breguetu, coreografia celebrativa do brega, prestes a circular pelas regiões Norte e Centro-Oeste. A apresentação de Zambo, no dia 6, às 20h, no Teatro Luiz Mendonça, tem tudo para ser um momento histórico, justamente por trazer uma visão a respeito de um espetáculo criado há quase 20 anos. A coreógrafa chamou todos os bailarinos presentes nas quatro montagens, realizadas em 1997, 2007, 2012 e neste ano, especialmente para a mostra.


A apresentação também vai se transformar em um documentário, a ser exibido na mesma noite. A escolha de Zambo, de acordo com Mônica, é uma forma de trazer para perto pessoas que tiveram de sair da cidade ou do país para poderem viver da dança ou até tiveram de buscar outras profissões. “Esta obra é inspirada no movimento manguebeat, que transformou o Recife. Ela fala sobre a lama, sobre as dificuldades dos artistas daqui. Algumas dessas pessoas foram obrigadas a desistir de um sonho e isso é muito triste. No Experimental, são mais de 20 anos tentando fazer a cidade acontecer e se transformar. Este momento é um misto de alegria com satisfação, decepçao, frustração e tristeza, mas a satisfação em reunir todos se sobrepõe aos momentos ruins".

SAIBA MAIS

BIKE
Quem for assistir os espetáculos de bicicleta terá direito a meia-entrada em todas as apresentações da Mostra Brasileira de Dança, a partir de uma parceria com a Associação Metropolitana de Ciclistas do Grande Recife (Ameciclo). Cada teatro terá bicicletários instalados em suas dependências.

+ADOTE UM(A) BAILARINO(A)
Este ano, a mostra encampou uma ação social: a doação de roupas e acessórios de dança para os cerca de 300 alunos do Compaz do Alto Santa Terezinha. Collants, sapatilhas de ponta, polainas e outras peças podem ser deixadas em todas as casas de espetáculos onde haverá sessões da mostra. As peças serão entregues no dia 7, encerramento do evento, na ação Dança Solidária, que terá apresentações de grupos locais de 10h às 12h, no próprio Compaz.

+SEMINÁRIO
 A mostra também está com inscrições abertas para a roda de conversa Dança e sustentabilidade, que vai reunir vários nomes da dança nacional: Fátima Freitas (PE), Ângela Fischer (PE), Tatiana Garcias (RJ), Cíntia Napoli (PR), Cristina Castro (BA). A ideia do seminário é discutir estratégias de manutenção de grupos, escolas e bailarinos, especialmente em período de crise. O evento acontece no dia 1º de agosto (segunda), às 18h. São 80 vagas disponíveis. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site da Mostra Brasileira de Dança.

SERVIÇO
13° Mostra Brasileira de Dança
Quando: De 29 de julho a 07 de agosto
Ingressos:  R$ 30 e R$ 15 (meia) para o público em geral; R$ 10 (artistas e técnicos com a carteira do SATED/PE); R$ 5 (artistas participantes do evento), à venda nas bilheterias duas horas antes de cada sessão, pelo call center (2626-2605) ou pelo site Compre Ingressos
Informações: www.mostrabrasileiradedanca.com.br


PROGRAMAÇÃO COMPLETA


Orikis, do Balé Teatro Guaíra (PR)
Quando: Sexta (29 de julho), às 20h
Onde: Teatro Santa Isabel - Praça da República, s/n, Bairro do Recife
Ingressos: R e R (meia); R e R (meia)
Explorando uma gestualidade carregada de signos e sentidos, Orikis se desenvolve ao som da música percussiva, do espaço ritualístico e do universo masculino que carrega um tônus próprio, singular e potente.

Visita Guiada, do Balé Teatro Guaíra (PR)
Quando: Sábado (30), às 11h
Onde:
COMPAZ Alto Santa Terezinha
Ingresso: Gratuito
A intervenção propõe uma reflexão acerca da espetacularização das obras de arte, em especial do corpo do artista. No trabalho, os bailarinos estarão expostos para visitação em territórios não convencionais. Os visitantes interessados terão o auxílio de áudio guides para explorar as obras. Através desse sistema de locução, o público entra na cena e tem autonomia para escolher, interagir e assim saber mais sobre a obra/bailarino de seu interesse.

Trânsito, do Balé Teatro Guaíra (PR)
Quando: Sábado (30 de julho), às 20h30
Onde: Teatro Santa Isabel - Praça da República, s/n, Bairro do Recife
Ingressos: R e R (meia); R e R (meia)
Trânsito trata da diversidade rítmica e formal dos cruzamentos entre culturas, a partir da investigação de ritmos tribais de etnias distintas. Os fluxos e refluxos, arquivos e repertórios de outras etnias são aqui experenciados, investindo na aproximação entre corporeidades e diálogos afetivos.

Que Corpo é Esse?, do Coletivo Incomum (Petrolina/PE)
Quando: Sábado (30 de julho), às 19h
Onde: Teatro Hermilo Borba Filho (Cais do Apolo, s/n, Bairro do Recife)
Ingressos: R e R (meia); R e R (meia)
Segundo espetáculo do Coletivo Incomum, Que Corpo é Esse? carrega consigo o desejo e as inquietudes amordaçadas pela ditadura dos padrões, questionando a busca por vezes inconsequente das formas imperfeitas estampadas nas mais diversas e variadas telas.

Da Ponta da Língua à Ponta do Pé, do Núcleo Viladança (BA)
Quando: Domingo (31 de julho), às 16h30
Onde: Teatro Santa Isabel (Praça da República, s/n, Santo Antônio)
Ingressos: R e R (meia); R e R (meia)
Da Ponta da Língua à Ponta do Pé é um musical que conta a história de Zé, um garoto que faz de tudo para conquistar o amor da bailarina Isadora numa aventura que o leva a desvendar e se apaixonar pelo mundo da Dança. Com a ajuda de uma professora ele viaja desde a Pré-História até os palcos contemporâneos, passando pelas mudanças provocadas pelo trabalho de Isadora Duncan e pelo estabelecimento da Dança como profissão, com várias áreas de atuação

Breguetu,
do Grupo Experimental (PE)
Quando: Domingo(31 de julho), às 18h e 20h
Onde: Teatro Hermilo Borba Filho (Cais do Apolo, s/n, Bairro do Recife)
Ingressos: R e R (meia); R e R (meia)
Brega! Ritmo, dança, estilo de se vestir. Essa palavra e seu conteúdo carregam significados, história, classe social e rótulos distintivos. Brega, geralmente, se diz de tudo aquilo que se rejeita ou que se acha feio, no caso das roupas. E na música e dança há certa aproximação, já que muitos intitulam o que não gostam de brega, cafona. Independentemente do que se pense e de onde parta este pensamento, brega é brega e se sustenta como tal.

Pontilhados, do Grupo Experimental (PE)
Quando: Segunda (1º de agosto) e terça-feira(2 de agosto), às 16h
Onde: Espaço Experimental (Rua Tomazina, 199, Bairro do Recife)
Ingressos: R e R (meia); R e R (meia) *Espetáculo na rua com disponibilidade de 50 fones de ouvido
Sussurros de memórias habitam cada gota de silêncio, alterando um lugar que nos altera. Traçar o próprio caminho, pontilhando cada esquina, transformando cada pedaço de chão em história, memória. Neste Recife de amores antigos, passaram muitas Das Neves, Doras e até Madonas, todas representadas e representantes de mãos que batem e que argolam dedos que apontam nortes, neste porto de tantos recifes. Aqui, onde nos vestimos de memórias, nos despimos em dança.

Onde ele anda é outro céu?, da Qualquer um dos 2 companhia de Dança (Petrolina/PE)
Quando: Terça (2 de agosto), às 19h
Onde: Teatro Arraial (Rua da Aurora, 457, Boa Vista)
Ingressos: R e R (meia); R e R (meia)
O espetáculo é inspirado no conto "O Homem Cadente" do escritor africano Mia Couto e nas pinturas do pintor surrealista belga René Magritte. Propondo, assim, a criação de uma obra coreográfica que transita pela literatura, artes visuais e dança entendendo que o corpo do intérprete na contemporaneidade transita por diversos territórios.

Epílogo, do Grupo de Ballet Stúdio de Danças (PE)
Quando: Quarta (3 de agosto), às 19h
Onde: Teatro Apolo (Rua do Apolo, 121, Bairro do Recife)
Ingressos: R e R (meia); R e R (meia)
O termo epílogo significa conclusão. Indica a parte final de um discurso, no qual é feito um resumo final das ideias expostas, ou onde é apresentado e desfecho da história. Nele estarão presentes todos os fatos que dão por encerrada a intriga. É a parte do texto em que se descreve o destino das personagens que constituem a trama.

Segunda Pele, do Coletivo Lugar Comum (PE)
Quando: Quarta (3 de agosto), às 19h
Onde: Espaço Coletivo Lugar Comum (Rua Capitão Lima, 210, Santo Amaro)
Ingressos: R e R (meia); R e R (meia)
Quantas vestes precisamos deixar pelo caminho para completar cada um dos nossos ciclos singulares de desnudamentos gerúndios? O que significa desnudar-se? Aquilo que usamos sobre o corpo, o que nos adorna ou o que vestimos, também traz em si as informações culturais, sociais, políticas, os gritos, silêncios, prisões e liberdades, a identidade de um povo, de uma época ou de um homem, de uma criança, de uma mulher.

Mostra de Coreografias de Grupos em Formação (PE)
Quando: Quinta (4 de agosto), às 20h
Onde: Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu, s/n, Boa Viagem)
Ingressos: R e R (meia); R e R (meia)
Classificação livre para todos os trabalhos

Frevariando (Cia de Frevo do Recife) - Duração: 15 min. O espetáculo tem como principal objetivo agregar outras linguagens da dança à prática do frevo, inovando as movimentações sem perder a origem dos passos.

Suíte La fille mal gardée (Maysa Club) - Duração: 10 min. La fille mal gardée é um balé cômico que se passa numa aldeia de camponeses, na França. Foi representado pela primeira vez em Bordéus, em 1786, e produzido e coreografado por Jean Dauberval, um importante coreógrafo do século XVIII. La Fille Mal Gardée ou “A filha mal criada” é o ballet mais antigo no repertório atual dançado.

Eu vim de lá (Coletivo Recbeats) - Duração: 7 a 8 min. A coreografia retrata a chegada dos africanos na América e suas fusões culturais. Dança, canto e interpretação mexem com o imaginário do público, levando-o para o passado, mostrando a riqueza que existe na simplicidade da cultura negra ao longo do tempo.

Entre Sombrinhas (Studio Viégas de Dança)- Duração: 10 min. Trabalho artístico focado no valor histórico e cultural do nosso estado: o Frevo. Trabalhando dois elementos referenciais da dança, o passo e a sombrinha, a coreografia tem o intuito de levar à cena passistas que têm por objetivo desafiar seus próprios corpos através de passos mais elaborados, com foco na sombrinha.

Le Jardin Animé (Academia Fátima Freitas) - Duração: 8 min. Le Corsaire, conhecido em português como "O Corsário", é um Ballet de Repertório, baseado no poema de Lord Byron, com música de Adolphe Adam (com peças adicionais) e coreografias de Marius Petipa. O trecho a ser apresentado, Le Jardin Animé, se refere à Cena II do Ato III, quando Medora, Gulnare e as mulheres do harém vão juntas a um jardim repleto de flores e fontes mágicas, celebrar a beleza, graça e harmonia.

Pavão
(Babi Johari) - Duração: 4:58 min. A coreografia Pavão une movimentos de dança do ventre e étnico fusionados. A montagem é uma representação da atual problemática política em que se encontra o país em forma de poesia em dança.

Suíte Clássica Marius Petipa (Ballet Cláudia São Bento) - Duração: 9 min. Suíte Clássica é composta por trechos de três balés de repertório originalmente coreografados por Marius Petipa: Harlequinade (1900) - variação feminina, Arábia (1892) - Pas de Deux do Ballet O Quebra Nozes e Paquita (1846) - variação VI.

Zuzuê (Gesttus Grupo de Dança) - Duração: 5 min. Zuzuê retrata a beleza e simplicidade da mulher nordestina, que ao mesmo tempo encanta por sua delicadeza, comove e inspira por sua força.

Brâman (Gesttus Grupo de Dança) - Duração: 3 min. Brâman é o termo que designa o princípio divino para o hinduísmo, celebra as oito divindades indianas: Brahama, Vishinu,Shiva, Ganesha, Durga, Rama, Lakshmi e Saraswati, as suas particularidades e como juntos eles equilibram as forças do mundo.

Chicago (Ballet Fernanda D'angelo) - Duração: 3 min. Coreografia apresentada no espetáculo Musicais Inesquecíveis...Canções Eternas! em homenagem a um dos musicais mais clássicos da Broadway. É uma história sobre o pecado, a corrupção, os escândalos e a fama em Chicago na década de 20 do século passado.

Manguesoul
(Gesttus Grupo de Dança) - Duração: 4 min. A coreografia é uma homenagem ao Manguebeat, movimento que injetou energia na lama e estimulou a fertilidade nas veias do Recife, propôs misturas de ritmos e soma de culturas.

Variações clássicas (Grupo Aria clássico) - Duração: 10 min. O grupo Aria clássico apresenta 4 variações do seu repertório clássico. A primeira é Gulnara do balé O Corsário, que combina aventura e romantismo. A segunda é Flor de lis, do balé Esmeralda, uma história de amor cheia de empecilhos e triângulos amorosos. Já a terceira mostra a sensualidade do tango, e a quarta é a variação Esmeralda, do balé de mesmo nome.

Frida (Renata Botelho) - Duração: 5 min. Criado a partir de elementos da dança e teatro, o solo desenvolvido por Renata Botelho é inspirado na artista mexicana Frida Kahlo e enfatiza a expressão e representação dramática.

Do gélido silêncio sem cor (Thiago Barbosa) - Duração: 5 min. O trabalho converge dança e performance para criar um cenário de metáforas e subjetivações sobre o que é estar no mundo e sentir-se arrastado pelo curso das multidões, consumido pelo sistema sócio-político-econômico-cultural vigente, e imerso em uma virtualidade de onde faz-se necessário escapar.

Mostra de Coreografias Profissionais (PE)
Quando: sexta (5 de agosto), às 19h
Onde: Teatro Apolo (Rua do Apolo, 121, Bairro do Recife)
Ingressos: R e R (meia); R e R (meia)

Suíte La Bayadère (Ballet da Cidade do Recife) - Duração: 16 min. La Bayadère é um ballet de Khudenov, com música de Ludwig Minkus e coreografia de Marius Petipa. O ballet narra a história de Nikiya, uma dançarina do templo de Solor (um jovem guerreiro). Esta Suíte retrata cenas do Ato II, onde ocorre a celebração do noivado de Solor e Ganzatti.

Dor de pierrot - 80 aos pedaços
, de Gardênia Coleto (artista independente/PE) - Duração: 15 a 20 min. A partir de registros do movimento artístico-político ocorrido nos anos 80, na cidade do Recife, a reperformance constrói um novo olhar sobre a obra “Dor de Pierrot”, criada em 1984 pelo bailarino Bernot Sanches. A composição se dá através de fragmentos coreográficos e discursivos de obras e textos feitos na década de 80.

A Pele da Luz (Luciana Freire D'Anunciação -PE) - Duração: 15 min. E se nosso olhar tocasse o mundo? Tudo o que rebatesse luz e nos fizesse visível aos olhos também tocaria nossa pele numa reciprocidade mútua de toques e sensações. É justamente pensando na qualidade tátil da luz que Luciana Freire D’ Anunciação cria o espetáculo A Pele da Luz, um solo de dança que interage e é unicamente iluminado por uma vídeo-projeção.

Zambo, do Grupo Experimental
Quando: 6 de agosto (sábado), às 20h
Onde: Teatro Luiz Mendonça (Av. Boa Viagem, s/n, Boa Viagem)
Ingressos: R e R (meia); R e R (meia)
O Grupo Experimental celebra a dança como ato de resistência a partir da reconstrução do espetáculo Zambo (1997), uma das obras inaugurais do Grupo, convidando todos àqueles que construíram a história de luta por uma arte feita no coletivo, em meio à exaltação às individualidades correntes na contemporaneidade. O espetáculo traduz esteticamente as ideias do movimento Mangue, tanto nos figurinos e na coreografia, quanto nos cenários e, em especial, na trilha sonora, também executada ao vivo.

Elenco Primeira Montagem (1997)
Ana Emília Freire, Eduardo Góes, Ivan Dantas, Fernanda Lisboa, Gilson Santana (Mestre Meia-Noite), Gustavo Oliveira, Mônica Lira e Renata Lisboa, Mônica Lira, Renata Lisboa, Sonaly Macedo, Jorge Du Peixe (músico convidado).

Elenco Segunda Montagem (2007)
Anne Costa, Calixto Neto, Lilli Rocha, Kleber Candido, Gilson Santana (mestre meia noite), Maria Agrelli, Renata Muniz, Silvio Barreto, Valéria Vicente, Tarcísio Resende (musico convidado).

Elenco Terceira Montagem (2012)
Daniel Silva, Everton Gomes, Januária Finizola, Jennyfer Caldas, Lilli Rocha, Patrícia Pina, Rafaella Trindade, Ramon Milanez.

Elenco Quarta Montagem (2016- Mostra Brasileira de Dança)
Gardênia Coleto, Jorge Kildery, Lilli Rocha, Márcio Filho, Rafaella Trindade, Rebeca Gondim

Artistas convidados: Ana Emília Freire, Eduardo Góes, Fernanda Lisboa, Mônica Lira, Renata Lisboa, Anne Costa, Maria Agrelli, Renata Muniz, Silvio Barreto, Everton Gomes, Januária Finizola, Jennyfer Caldas, Ramon Milanez.

Encerramento - Dança Solidária
Quando: 7 de agosto, das 10h às 12h
Onde: Compaz (Av. Aníbal Benévolo, S/N - Alto Santa Terezinha)
Quanto: Entrada gratuita
Apresentação com grupos locais e encerramento da campanha ‘Adote uma bailarina ou um bailarino’, com entrega dos artigos de dança doados durante a MBD.



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