Cinema Independence Day 2 não acrescenta nada ao primeiro filme Diretor Roland Emmerich usa truques gastos para mostrar invasão de alienígenas

Por: Júlio Cavani - Diario de Pernambuco

Publicado em: 23/06/2016 20:05 Atualizado em: 24/06/2016 15:49

Superprodução é dirigida por Roland Emmerich. Foto: Fox/Divulgação
Superprodução é dirigida por Roland Emmerich. Foto: Fox/Divulgação


Falta criatividade e sobra redundância em Independence Day: O ressurgimento. Continuação do primeiro episódio, lançado há 20 anos, o novo filme não acrescenta nada à premissa de uma invasão alienígena que causa destruição em proporções mundiais. A superprodução, novamente dirigida por Roland Emmerich, carece de um diferencial que o destaque em meio aos filmes-catástrofe mais recentes e resulta em um produto genérico sem maiores atrativos, apoiado apenas no sucesso do anterior.

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Quando Independence Day foi lançado em 1996, os efeitos especiais que mostravam a devastação de metrópoles ainda impressionavam pelos avanços das tecnologias digitais. Nas últimas décadas, contudo, esse tipo de imagem tornou-se tão recorrente no cinema (inclusive em filmes de Emmerich, como 2012 e O dia depois de amanhã) que seria necessário uma ideia realmente original para um novo impacto ser atingido. No novo filme, por exemplo, um ataque a Londres parece algo tão corriqueiro que já não impressiona mais.

O ressurgimento é ainda mais militarizado. Quando os extraterrestres voltam à Terra para realizar um novo ataque, a solução encontrada pelos terráqueos (liderados pelos Estados Unidos, com ajuda de chineses e de terroristas africanos) é simplesmente atacar com jatos supersônicos, naves espaciais e canhões que soltam raios laser. Por causa da experiência da batalha anterior, a tecnologia alienígena foi incorporada pelos exércitos humanos, mas isso não chega a ser um ponto determinante para a trama e vira um mero detalhe de design.

Will Smith não participa mais (pois o personagem dele já havia morrido), o que torna o novo filme menos engraçado, mas Bill Pullman, Jeff Goldblum, Vivica A. Fox e Brent Spiner voltam aos papéis originais. As principais novidades do elenco são Charlotte Gainsbourg (atriz consagrada, mas deslocada neste tipo de filme), Liam Hemsworth, Jessie T. Usher e a estrela ascendente Maika Monroe. A presidente dos EUA, desta vez, é uma mulher, interpretada por Sela Ward.

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