Música Músico dos EUA, Tony Memmel participa de atividades no Recife Cantor e compositor une mensagens positivas ao talento no trabalho que poderá ser conferido nesta quinta-feira (5), no RioMar Shopping

Por: Marcela Assis - Diario de Pernambuco

Publicado em: 05/05/2016 16:41 Atualizado em: 05/05/2016 18:29

Foto: Tony Memmel/Reprodução
Foto: Tony Memmel/Reprodução

Dos momentos que dividiu com a família na infância, em Nashville, nos Estados Unidos, Tony Memmel gosta de resgatar os instantes de cantoria com a avó paterna. "Ela sempre tocava em casa, cantávamos perto da lareira juntos". Na época, a relação que mantinha com a arte parecia limitada à voz. Sem o antebraço esquerdo desde o nascimento, o norte-americano testou diferentes instrumentos musicais a fim de ampliar o contato com a música. "Colocava o violão em cima da mesa e tentava, com artifícios caseiros, tocar de formas diferentes. Sempre sozinho, eu usava o material que tinha aqui perto. Foi questão de tentativas e erros. Foi assim durante oito anos, até chegar à técnica que hoje uso".

Confira o roteiro de shows do Divirta-se

Aos 30 anos, o cantor e compositor une mensagens positivas ao talento no trabalho que poderá ser conferido nesta quinta-feira (5), na Praça de alimentação do RioMar Shopping, a partir das 18h30. No dia seguinte, ele fará um workshop no Paço do Frevo, às 15h e 17h. As atividades são gratuitas.

A visita ao centro cultural dedicado ao ritmo patrimônio imaterial da humanidade será inédita ao artista. "Eu estou tendo o primeiro contato agora [com a música pernambucana], embora tenha visto o frevo na abertura da Copa do Mundo, que teve apresentações de músicas brasileiras. Hoje, com a oportunidade de estar no Recife, achei um bom início para eu conhecer mais a musicalidade pernambucana", destaca.

Desde a terça-feira (3), Memmel tem participado de eventos na capital Pernambucana. Na quarta (4), ele teve um encontro com estudantes da Escola Rotary do Alto do Pascoal. "Do ponto de vista do estudo musical, sei que música é muito importante para todo o processo de formação como músico. Por isso, quero contribuir. Tenho agradecido por essa oportunidade de interagir com estudantes aqui no Recife. Sei que a música é importante para todo mundo, mexe com a gente", destaca.

Entrevista// Tony Memmel, músico

Como você descobriu seu talento musical?
Eu venho de uma família bastante musical. Minha mãe tocava violão, e eu sempre tive contato com a música. Ela me escutava cantando e, por isso, foi a primeira a identificar e incentivar a minha musicalidade. Graças a Deus, eu também tive pessoas que, ao longo da minha vida, me influenciaram, reconhecendo que eu tinha um talento. Além da minha mãe, a minha avó materna era musicista, tocava violão e cantava. Foi ela que me colocou, pela primeira vez, em aulas de canto. A minha avó paterna tocava piano. Ela sempre tocava em casa e cantávamos perto da lareira juntos.

Você chegou a adaptar um violão e aprendeu a tocar sozinho. Como foi o processo de desenvolvimento da sua musicalidade?

Eu comecei a tocar aos 13 anos de idade. Colocava o violão em cima da mesa e tentava, com artifícios caseiros, tocar de formas diferentes. Sempre sozinho, eu usava o material que tinha aqui perto. Foi questão de tentativas e erros. Foi assim durante oito anos, até chegar à técnica que hoje eu uso, que é uma fita bem reforçada para segurar a palheta. Hoje, tenho 30 anos e continuo desenvolvendo para chegar em um nível bastante profissional.


Chegou a estudar outros instrumentos?
Sim. Eu estudei música na faculdade, principalmente focando em voz e violão. Mas também toquei trompete, gaita e piano.

Aqui no Recife, você tem participado de encontros musicais com estudantes. Qual a importância desse tipo de contato?
Primeiramente, do ponto de vista pessoal, a música sempre foi importante para mim desde a minha infância. É algo que eu sei que tem muito valor e é importante para as pessoas. Do ponto de vista do estudo musical, sei que música é muito importante para todo o processo de formação como músico. Por isso, quero contribuir. Tenho agradecido por essa oportunidade de interagir com estudantes aqui no Recife. Sei que a música é importante para todo mundo, mexe com a gente.

Quais suas referências musicais?
Na raiz do meu interesse musical, a maior influência foi o Rock’n Roll. Desde a primeira vez que toquei guitarra, foi o máximo. Fui privilegiando o rock e descobri que eu também tenho muita ligação com as letras das músicas. Então, comecei a focar muito nas histórias contadas nas canções. Agora, hoje em dia, nessa turnê que estamos fazendo, estamos focando em músicas que têm melodias e também contam histórias em letras bem elaboradas.

Já conhecia a música pernambucana?

Eu estou tendo o primeiro contato agora, embora tenha visto o frevo na abertura da Copa do Mundo, que teve apresentações de músicas brasileiras. Hoje, com a oportunidade de estar no Recife, achei um bom início para eu conhecer mais a musicalidade pernambucana.

Como surgiu sua relação com o projeto Lucky Fin - Organização sem fins lucrativos cujo objetivo é conscientizar as pessoas sobre a Simbraquidactilia (anomalia genética que resulta em crianças nascidas sem o antebraço)?
Há uns cinco anos, a diretora do projeto descobriu, pela internet, a minha atividade musical. Foi ela que entrou em contato comigo para eu ser embaixador do projeto. Começamos, através do trabalho, a visitar escolas e crianças que estavam na mesma condição. Foi assim, que eu percebi que poderia ser uma referência e contribuir para essas pessoas.

 



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