Política Fernanda Montenegro sentencia: 'Congresso acha que cultura é coisa de veados' Atriz fez duras críticas à extinção do Minc pelo governo do presidente interino Michel Temer

Por: Viver/Diario - Diario de Pernambuco

Publicado em: 19/05/2016 08:05 Atualizado em: 18/05/2016 21:12

Atriz Fernanda Montenegro se posicionou contra extinção do Minc. Foto: Rede Globo
Atriz Fernanda Montenegro se posicionou contra extinção do Minc. Foto: Rede Globo
A veterana Fernanda Montenegro, 86, engrossou o coro de artistas contrários às medidas do governo Michel Temer no campo da cultura. A declaração foi dada a jornalistas na tarde desta quarta-feira (18), durante participação da atriz na série Mister Brau, da TV Globo. 

“Isso é uma tragédia. E o presidente interino vai pagar um preço alto por essa visão de um ministério que é sempre dotado de um orçamento miserável, mas é a base de um país. Esse congresso aí pode achar que é uma bobagem, uma frescura ou (coisa) de veados ou de alienados ou... Esse governo, até quando ele existir na atual conjuntura do Temer, vai sofrer um protesto violento, e eu estou neste protesto. É uma tragédia e o presidente interino vai pagar um preço alto pela pouca visão”, opinou Fernanda Montenegro.

Até o momento, um dos episódios mais marcantes protagonizados pela classe artística foi o protesto realizado pela equipe do filme Aquarius, pouco antes da exibição no Festival de Cannes. Com pequenos cartazes escritos em inglês, o diretor Kleber Mendonça Filho e o elenco chamaram a atenção da imprensa internacional. "A ideia veio dos vários artistas, diretores e produtores brasileiros que estão aqui em Cannes. Decidimos fazer algo. Acho que (a extinção do Ministério da Cultura) foi no momento errado, até porque o Brasil está neste momento da competição do Festival de Cannes com um filme feito com recursos públicos honestos", comentou o cineasta pernambucano.

CENÁRIO POLÍTICO
Na ocasião da posse, há uma semana, o presidente interino anunciou o pernambucano Mendonça Filho como titular da pasta, que foi aglutinada com o Ministério da Educação. Posteriormente, diante da repercussão negativa, Temer voltou atrás e anunciou a criação da Secretaria Nacional da Cultura, a ser comandada pelo secretário de Cultura do Rio de Janeiro, Marcelo Calero. 


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