Televisão TV destaca personagens que marcaram a história do país A novela 'Liberdade liberdade' apresenta trama baseada na história de Joaquina, filha do Tiradentes

Por: Correio Braziliense

Publicado em: 11/04/2016 10:30 Atualizado em: 11/04/2016 11:35

O período da Inconfidência Mineira é cenário de Liberdade liberdade. Foto: TV Globo/Divulgação.
O período da Inconfidência Mineira é cenário de Liberdade liberdade. Foto: TV Globo/Divulgação.

Alguns momentos e personagens da história brasileira são tão marcantes que até parecem saídos de uma novela. Quantas vezes nos pegamos falando isso - mesmo que de maneira pejorativa? Às vezes, eles realmente participam de uma: não raro autores tomam posse da realidade para desenvolver o folhetim, mesmo que com licenças poéticas que tiram o sono de historiadores.

É o que vai ocorrer a partir de hoje, quando estreia a novela das 23h da Globo, Liberdade, liberdade. A trama de Mário Teixeira baseada no livro Joaquina, filha do Tiradentes, de Maria José de Queiroz, lança luz sobre o período da Inconfidência Mineira e apresenta Thiago Lacerda como o mártir.

"Coincidentemente, minha carreira é repleta destes personagens míticos. Tenho um prazer enorme nisso e muito orgulho deles. Nunca imaginei um dia fazer o Tiradentes", afirma o ator, que já viveu Giuseppe Garibaldi na minissérie A casa das sete mulheres. Em Liberdade, liberdade, Thiago usará lentes de contato escuras para esconder os olhos azuis, traço que vem chamando mais atenção que o talento nos últimos trabalhos dele.

Mas vale ressaltar que Thiago aparece apenas nos primeiros capítulos de Liberdade, liberdade. A verdadeira protagonista da novela é a filha dele, Joaquina, personagem que será vivida por Andreia Horta. Precavido, o autor Mário Teixeira avisou logo de saída, na entrevista de divulgação, que o pano de fundo é histórico, mas há momentos ficcionais no folhetim.

A obra, com argumento de Márcia Prattes, tem ainda Caio Blat, Yanna Lavigne, Thiago Martins, Mateus Solano, Andreia Horta e Nathalia Dill. O folhetim é o segundo autoral do horário, após o sucesso de Verdades secretas. Antes disso, a faixa era dedicada a remakes, como O astro, Gabriela e Saramandaia.

A mesma Minas Gerais de Tiradentes serviu como cenário para Xica da Silva. A escrava que virou marquesa foi imortalizada por Zezé Motta nos cinemas. Na telinha, coube à então estreante Taís Araújo brilhar na novela homônima à personagem exibida na TV Manchete em 1989 e exaustivamente reprisada pela Machete e pelo SBT. Até o canal Viva já quis tirar uma casquinha, mas não deu certo.

A trama se passava no século 18 ainda marcou por trazer a primeira protagonista negra em novelas brasileiras. Para fazer a cena em que Xica toma banho nua no rio, Taís teve que esperar completar 18 anos de idade. Completavam o elenco nomes como Drica Moraes, Giovanna Antonelli, Murilo Rosa, Dalton Vigh e Adriane Galisteu como a melhor perfomance da carreira na tevê.

Sensualidade

Duas personagens-títulos de produções chamaram a atenção pela sensualidade: Dona Beija e Hilda Furacão, vividas respectivamente por uma jovem e bela Maitê Proença e por Ana Paula Arósio. A primeira estreou em 1986 na TV Manchete. A jovem acabou conquistando a nobreza mineira, especialmente o ouvidor Armando Antônio Sampaio, vivido por Gracindo Junior. O resultado foram cenas em que Maitê aparecia tomando os famosos banhos com a lama terapêutica de Araxá. A novela alçou a atriz ao status de símbolo sexual e, um ano depois da estreia, ela foi a estrela da capa da revista Playboy pela primeira vez.

Outra bela morena que esbanjou talento e beleza no início da carreira foi Ana Paula Arósio. A minissérie lembrou a mulher que marcou a história mineira e virou uma lenda no estado. A atuação de Ana Paula conquistou elogios da crítica e do público, sendo o primeiro papel de destaque da morena.

Mais do que mostrar a trajetória da cortesã, a trama de Glória Perez também abordava questões políticas e religiosas, especialmente com o conflito entre o padre e o frei vividos por Paulo Autran e Rodrigo Santoro. A audiência da atração foi excelente para o horário, o que mostra que o público aprova essa relação entre o histórico e o fictício.

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