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Literatura Livro relembra atrocidade dos canibais de Garanhuns que faziam coxinhas com restos humanos Obra é desdobramento da cobertura do caso feita pelo Diario de Pernambuco e por outros veículos de comunicação, desde o início das investigações até a condenação das três pessoas envolvidas

Por: Viver/Diario - Diario de Pernambuco

Publicado em: 02/04/2016 10:00 Atualizado em: 03/04/2016 06:31

As informações foram colhidas durante os quase três anos em que Raphael Guerra acompanhou o caso. Foto: Filipe Falcão
As informações foram colhidas durante os quase três anos em que Raphael Guerra acompanhou o caso. Foto: Filipe Falcão

Uma sucessão de crimes chocantes ocorridos em Pernambuco e desvendados a partir de 2012, com repercussão na mídia nacional e internacional, é narrada pelo jornalista Raphael Guerra no livro-reportagem Os canibais de Garanhuns. A obra é desdobramento da cobertura do caso feita pelo Diario de Pernambuco e por outros veículos de comunicação, desde o início das investigações até a condenação das três pessoas envolvidas. O lançamento será neste sábado (2), às 17h, no espaço Casa de Máquinas (Rua José de Holanda, 295, Torre).

Os criminosos Jorge Beltrão, Isabel Cristina Torreão e Bruna Cristina Oliveira matavam pessoas e manipulavam os corpos como ingredientes para o preparo de alimentos. Partes dos cadáveres eram congelados e consumidos diariamente pelos próprios assassinos, que também usavam a carne humana para rechear coxinhas comercializadas no município de Garanhuns, no Agreste do estado. Questionados a respeito da prática, os suspeitos diziam se tratar de um ritual para “purificação da alma”.

Com prefácio do jornalista e escritor pernambucano Kléster Cavalcanti, a publicação traz histórias das vítimas, detalhes de como os crimes ocorriam, os hábitos dos assassinos, além da investigação policial. As informações foram colhidas durante os quase três anos em que Raphael Guerra acompanhou o caso. Como frisa o repórter, as ações criminosas eram comparadas por Bruna, uma das acusadas, aos roteiros da franquia cinematográfica Jogos mortais. Nos filmes, um serial killer sequestra e propõe desafios às vítimas, cuja sobrevivência depende do sucesso no cumprimento das tarefas. Caso dos mais conhecidos no cinema e na tevê ligado à prática do canibalismo é o de Hannibal, psiquiatra e assassino viciado em matar, esquartejar, preparar e servir com requintes gastronômicos as vísceras das vítimas. Esse é o segundo livro de Raphael Guerra, autor de Alcides, o trágico fim de um sonho (2011), sobre o assassinato de um universitário recifense de 22 anos.

SERVIÇO

Os canibais de Garanhuns, de Raphael Guerra
(Chiado, R$ 35, 208 páginas)
Quando: hoje, às 17h
Onde: Casa de Máquinas (Rua José de Holanda, 295, Torre).

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