Literatura Do romance histórico ao conto infantojuvenil, livros premiados são lançados no Recife Quatro obras, vencedoras do Prêmio Cepe Nacional de Literatura, são lançadas nesta quinta (28) no Museu do Estado

Por: Larissa Lins - Diario de Pernambuco

Publicado em: 28/04/2016 14:45 Atualizado em: 28/04/2016 14:55

Escritores premiados no Cepe Nacional ganham R$ 20 mil cada e a tiragem de 750 livros. Fotos: Cepe/Divulgação
Escritores premiados no Cepe Nacional ganham R$ 20 mil cada e a tiragem de 750 livros. Fotos: Cepe/Divulgação

Entre quase 600 escritores de diferentes estados do país, além de brasileiros residentes em Portugal, no Chile, nos Estados Unidos e na Holanda, inscritos no Prêmio Cepe Nacional de Literatura do ano passado, quatro vencedores foram pinçados pela Companhia Editora de Pernambuco. A eles, será ofertado o lançamento dos livros premiados nas categorias Contos, Romance, Poesia e Infantojuvenil, nesta quinta (28), no Museu do Estado (Av. Rui Barbosa, 960, Graças), na Zona Norte da cidade, às 19h.

O grande massacre das vacas (romance do mineiro Sérgio Corrêa de Siqueira), O amor que não sentimos e outros contos (coletânea de contos do gaúcho Guilherme Azambuja Castro), Elogio do carvão (poesias do carioca Marcus Vinícius Quiroga) e E eu, só uma pedra (infantojuvenil do cearense Helton Alexandre Pereira) ganharam tiragem de 750 exemplares e serão vendidos na Cepe (Rua Coelho Leite, 530, Santo Amaro), no Museu Cais do Sertão (Av. Alfredo Lisboa, s/n, Bairro do Recife), entre R$ 20 (poesias e contos) e R$ 30 (infantojuvenil e romance). À exceção de Sérgio Corrêa, os autores premiados participarão de sessão de autógrafos nesta noite.

>> Prêmio 2016
As inscrições para a segunda edição do concurso seguem até o dia 15 de junho, no site da Cepe, com premiação de R$ 80 mil dividida igualmente entre os vencedores das quatro categorias do certame. Além de escritas em português, as obras concorrentes devem ser inéditas.

>> Os premiados


O romance

O grande massacre das vacas explora os limites tênues entre público e privado, das relações pessoais ao meio político. É um romance histórico, dedicado a destrinchar os efeitos dessas concessões na rotina comum e no conceito de Brasil entre estrangeiros e locais. Autor de Bestiário amoroso, Blue moon e Catita foi morar na igreja, o mineiro Sérgio Corrêa de Siqueira colabora com jornais portugueses e já explorou temas como dependência digital, relações pessoais e fábulas infantojuvenis.

Os contos

O amor que não sentimos e outros contos aborda relações familiares, amorosas e fraternas. Os personagens se alternam nas vozes à frente das narrativas, dedicadas a memórias da infância, a conflitos adolescentes e a convivências frágeis. Referências à cultura pop denotam a passagem de tempo, as divergências entre gerações, pincelando tradições gaúchas. Guilherme Azambuja, do Rio Grande do Sul, é jurista e escritor, autor de outros livros de contos, como O cheiro triste das bergamotas.

As poesias

Metalinguísticos, os versos de Elogio do carvão destrincham o próprio exercício poético, como atividade intelectual e desabafo pessoal. São poesias declaradamente influenciadas pela métrica e pelos temas de João Cabral de Melo Neto, apesar da marca autoral e das referências ao processo criativo do próprio autor. O carioca Marcus Vinícius Quiroga é poeta, contista, crítico e ensaísta, já premiado pela Biblioteca Nacional e pelo Jabuti - neste último, conquistou o segundo lugar na categoria Poesias com a obra Jardim das delícias.

O infantojuvenil

Escrito por Helton Alexandre Pereira e abundantemente ilustrado por Cau Gomes, E eu, só uma pedra é um infantojuvenil de fantasia. A pedra, protagonista do enredo, assume emoções e condutas humanas, pincelando tradições culturais e se apropriando de referências literárias em narrativa de linguagem leve. Cearense, o autor é jurista, escritor e biólogo - função da qual Helton extrai muitas das inspirações para a obra, baseada na relação entre o mineral e demais personagens.

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