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Entrevista Pablo faz show no Recife e explica o poder da sofrência Cantor baiano comanda festa Brega Classe A com shows de Zezo e Musa, no Classic Hall

Por: Marina Simões - Diario de Pernambuco

Publicado em: 14/04/2016 21:00 Atualizado em: 14/04/2016 21:05

Foto: Renato Rocha Miranda/TV Globo
Foto: Renato Rocha Miranda/TV Globo

Com voz aguda, letras românticas e ritmo cadenciado, o cantor Pablo, de 30 anos, comanda a noite Brega Classe A, neste sábado (16), no Classic Hall, em Olinda. Além dele, haverá shows do potiguar Zezo e da banda Musa. Em noite de ode à música brega, a balada Brega Naite também reverencia o ritmo, com apresentação da Loira Marrenta e do pancadão do MC Vertinho, no Catamarã.

Confira o roteiro de shows no Divirta-se

A ordem é dançar agarradinho. Pablo traz a turnê Desculpe aí, do disco homônimo lançado no final de 2015. "Tudo que vem somar ao arrocha é bem-vindo. Lá atrás, criei o estilo na seresta, para falar para os casais dançarem juntos. Hoje, vejo que o arrocha se consagrou, virando a sofrência", explica, sobre o estilo considerado por ele uma espécie de gênero.

O artista que ganhou repercussão a partir da canção Por que homem não chora e por disseminar o estilo musical batizado de sofrência - uma mistura sofrimento com carência - completa seis anos de carreira solo e se considera mais maduro. "O Brasil me abraçou de um jeito que nem nos meus melhores sonhos imaginava. O trabalho do Pablo foi consagrado pelo público e pela crítica", comemora. O termo surgiu de forma natural e foi uma surpresa para ele. "Foi algo muito engraçado. Uma vez fui fazer show em Ilhéus (BA), e tinha um cartaz: Pablo, o rei da sofrência. Eu achei muito criativo", relembra. No repertório do show, ele promete canções como Chora não bebê, Nível de carência, Imprevistos, Fui fiel, Bilu Bilu e Porque homem não chora. Pablo adiantou que planeja gravar um DVD no segundo semestre, em formato intimista e com participações de outros artistas.

O segundo convidado da noite foi revelado em barzinhos da capital do Rio Grande do Norte. Zezo saiu do anonimato, tirou o protagonismo do teclado e se lançou nos palcos junto com a banda. "O público pernambucano valoriza nossa música. Que de brega só tem o nome. É música de qualidade, que fala de amor e de saudade", elogia o intérprete. Aos 43 anos, ele acumula 28 CDs e 4 DVDs na discografia e está prestes a lançar o 29º álbum. Na cidade, Zezo apresenta em primeira mão a canção A gente se merece, carro-chefe do disco composto por inéditas e regravações, previsto para maio. "Não tenho muito critério. Dá a louca de gravar e entro no estúdio com algumas músicas", explica, sem cerimônias.

No show, além de passear por clássicos da carreira como Diga pra mim, Decida, Eu duvido, ele inclui canções do Rei Reginaldo Rossi. “Sou um cara do interior e faço questão de manter minhas origens e carrego sempre isso comigo. Não tem esse negócio de mudar de personalidade porque fiz sucesso. Minha essência prevalece”, comenta o artista com 25 anos de trajetória.

Ouça:



Entrevista Pablo // cantor

Artistas de outros gêneros, como o Latino, passaram a apostar na "sofrência", estilo que te consagrou. Como observa essa adesão ao movimento?
Isso da sofrência é algo muito engraçado. Uma vez fui fazer show em Ilhéus (BA), e tinha um cartaz: Pablo, o rei da sofrência. Eu achei muito criativo. Todos estes títulos, eles que me dão. A sofrência pegou, e virou uma espécie de gênero. Acho que tudo que vai somar ao arrocha, é bem vindo. Lá atrás, eu criei o estilo na seresta, pra falar pros casais dançarem juntos, e hoje, vejo que o arrocha se consagrou, virando a sofrência.

Você afirmou ter passado pelo "efeito sanfona". O que faz para cuidar do corpo e da saúde?
Eu sou muito vaidoso. Eu faço dieta, academia, e um acompanhamento médico com Dr Gabriel Almeida, ortomolecular. Mas, às vezes, eu dou uma desleixada, e volto tudo de novo.

Recentemente, o cantor gospel Leonardo Gonçalves anunciou pausa na carreira alegando o excesso de exposição. Gostaria que você comentasse o assunto.
Não o conheço, mas, uma vez na mídia, você está sempre exposto a tudo. As pessoas que falam sobre sua vida, por que tem curiosidade nela. Falam mal, falam bem. Mas, é algo que tem que saber lidar. Antigamente, eu ficava incomodado com alguns comentários, mas hoje em dia estou tranquilo em relação a isso.

Até que ponto a fama te impede de fazer as atividades do cotidiano?
A única coisa ruim é ficar longe dos meus filhos e da esposa. A distância por conta dos shows me deixa triste. Eu faço tudo. Não me privo de nada. Vamos ao shopping, vamos ao cinema. Claro que, não posso ir em um supermercado, que eu adoro. Ou numa praia lotada de domingo, ou em um shopping lotado em fim de semana. Tenho que ir em horários diferenciados.

Como avalia os seis anos de carreira solo e o crescimento do teu trabalho no Brasil?
Muito positivo. O Brasil me abraçou de um jeito que nem nos meus melhores sonhos eu imaginava. O trabalho do Pablo foi consagrado pelo público e pela crítica.

Você planeja gravar um DVD este ano. O que pode adiantar do projeto?
Enfim o DVD vai sair. Estamos planejando para o próximo semestre. Vamos contar com a presença de amigos que ainda não posso contar. Será algo mais intimista.

Você falou da ideia de uma turnê conjunta com a dupla Zezé di Camargo e Luciano. Em que pé está esse projeto?
O projeto existe, mas por conta de projetos paralelos da nossa carreira, ainda não concretizamos, mas queremos levar adiante.

Em meio a crise política e econômica que se estabeleceu no país e a polarização que tomou conta da sociedade, qual a mensagem gostaria de deixar para o povo brasileiro?
Eu não curto politica. Acho que o país está atravessando uma grande tempestade, mas prefiro me ausentar a isto.

Serviço
Brega Classe A
Quando: Sábado (16), às 22h
Onde: Classic Hall (Centro de Convenções, Olinda)
Ingressos: R$ 70 e 35 (meia), R$ 120 (área VIP) e R$ 60 (meia), à venda nas Lojas Renner e bilheteria da casa
Informações: 3207-7500

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