Teatro Peça leva para o palco quatro contos do escritor Marcelino Freire Espetáculo conta a história de personagens tidos como invisíveis pela sociedade

Por: Katarina Bandeira

Publicado em: 18/02/2016 17:25 Atualizado em: 18/02/2016 18:25


Atores se revezam nas atuações. Foto: Geraldo Montenegro/Divulgação
Atores se revezam nas atuações. Foto: Geraldo Montenegro/Divulgação

É fazendo um revezamento entre diferentes histórias que os atores do grupo Amaré, e a atriz Micheli Arantes, dão vida ao universo criado pelo escritor pernambucano Marcelino Freire na peça Amar é crime. Foram escolhidos quatro contos da obra homônima do artista, em que são apresentados personagens tidos como invisíveis, que têm seu cotidiano explorado e que mostram sentimentos diversos, aflorados em seus dramas cotidianos.

Em uma das narrativas, intitulada Acompanhante, uma cuidadora sofre ao se submeter a ordens desafiadoras, que chegam ao limite de sua dignidade. Tudo isso durante sua jornada de trabalho, para cuidar de um idoso. Já em Mariângela, uma garota obesa fica presa no meio da rua, e os atores narram sua história antes do acontecido, exaltando o desejo da menina de se livrar de uma vida de humilhações, iniciadas pela própria mãe.

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Em Crime, narrado em primeira pessoa, um jovem planeja sequestrar a namorada, sem muita noção das consequências. Nesse conto específico, os atores se revezam para dar voz ao desespero do personagem. Para finalizar, há ainda o texto Vestido Longo, onde uma prostituta, com um passado repleto de cenas abusivas, tenta superar as dificuldades impostas pela vida com hábitos consumistas.

Para Isabelle Barros, uma das atrizes que fazem parte do elenco e é repórter do Viver, o autor prepara personagens comuns e os coloca em dramas profundos, gerando uma reflexão sobre as pessoas que estão ao redor. "Ele mostra essas pessoas com desejos, com anseios e com vontade de transcender, de transformar. Apesar da obra envolver o amor, não é um amor romântico, e sim um amor que passa por situações de opressão e violência. Para esses personagens, existir não é fácil. Ees passam por situações limite", explica.

A peça fica em cartaz no Espaço O Poste, no bairro da Boa Vista, em curta temporada. As sessões acontecem de 20 de fevereiro até 20 de março, aos sábados e domingos, sempre às 20h. Os ingressos para quem quiser assistir ao espetáculo custam R$ 20 e R$ 10 (meia).

 

SERVIÇO
Onde: Espaço O Poste - Rua da Aurora, 529, Boa Vista
Quando:de 20 de fevereiro a 20 de março
Quanto: R$ 20 e R$ 10 (meia)

 



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