Pela primeira vez no Recife, Anitta apresenta a turnê de Bang em show na prévia Baile da Proibida, neste sábado, no Clube Internacional. Foto: YouTube/Reprodução

Ao estourar com Show das poderosas, em 2013, Anitta foi tachada de cantora de um hit só - mesmo tendo emplacado algumas músicas antes nas paradas, como Menina má. Aos poucos, ela prova que não é bem assim. Larissa de Macedo Machado, nome de batismo, aos 22 anos, inicia o quarto ano da carreira e circula em todo o Brasil com a turnê Bang, que traz pela primeira vez ao Recife na festa pré-carnavalesca Baile da Proibida (que ainda terá a cantora Karol Conka), neste sábado (9), a partir das 22h, no Clube Internacional.

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Ela desfruta do auge e não titubeia: quer muito mais. “Estar no topo não me assusta. A cada conquista é surpreendente. Estou em um lugar que eu batalhei para chegar e ainda quero fazer muita coisa”, afirma em entrevista ao Viver. Na lista de mais tocadas nas rádios brasileiras em 2015, divulgada pela empresa de monitoramento Crowley, Anitta é a artista que não toca sertanejo mais bem colocada no país, com a canção Deixa ele sofrer. Ela ainda abocanhou quase todas as premiações de melhor cantora do ano às quais concorreu, desbancando nomes consagrados como Ivete Sangalo e Paula Fernandes.

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No novo show, ela explora o repertório do terceiro disco da carreira, lançado em outubro, com 15 inéditas. O clipe do single Bang mostrou a força da artista nas redes sociais. O vídeo alcançou a marca de videoclipe brasileiro mais assistido em um único dia, perdendo o posto para a própria paródia, da blogueira Kéfera semanas depois. Bang tem concepção estética do diretor de arte Giovanni Bianco, que já trabalhou com Madonna e acumula mais de 90 milhões acessos no YouTube.

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Com o clipe Show das poderosas, Anitta foi a primeira artista brasileira da história a atingir a marca de 100 milhões de visualizações no portal de vídeos. A bela foi a primeira celebridade da América Latina a ter a conta certificada pelo Snapchat - o que indica que ela é a mais visualizada. Além disso, acumula 12,2 milhões de seguidores no Facebook, quase 10 milhões no Instagram e 2,5 milhões no Twitter.
As canções de Anitta estão cada vez mais pop, e trazem referências do reggae, hip hop, mostrando a evolução da artista revelada nos bailes funk cariocas. Ela se distanciou do ritmo, embora ainda mantenha um bloco do show dedicado ao batidão. “Comecei minha carreira no funk e ao longo dos trabalhos fui colocando meu lado eclético. O álbum Bang é aquele em que eu mostro isso. Minha ideia sempre foi poder cantar de tudo”, explica.

Após inúmeras mudanças: de figurino, cabelo, perda de peso e intervenções cirúrgicas – Anitta fez plástica no nariz e reduziu os seios – a cantora afirma que não se enquadra nos padrões de estética. “Não entro nessa ditadura, me cuido por saúde e para aguentar o pique dos shows. Todos temos nossos pontos fortes e é importante nos sentirmos bem com eles, nos gostarmos como somos”, acredita a mulher mais sexy do mundo em 2015, eleita pelos leitores da revista Vip. Este ano, ela estará como musa da escola de samba Mocidade, no carnaval do Rio de Janeiro.

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Na TV
O principal projeto da artista este ano será na televisão, como apresentadora do programa Música Boa Ao Vivo. Anitta vai substituir Thiaguinho na terceira temporada da atração que vai ao ar às terças-feiras. Atualmente, ela canta a música de abertura da novela Totalmente demais (Globo).

No cinema
O furacão Anitta já brilhou nas telonas. No ano passado, interpretou ela mesma em Breaking Through, produção hollywoodiana que Bruna Marquezine participou. E apareceu no longa Copa de Elite e no filme Didi e o segredo dos anjos, em 2014.

“Reveladora”
Quando veio ao Recife em 2014, Anitta surpreendeu os fãs cantando Bateu a química, da Sedutora. "Sou apaixonada pela Banda Sedutora", disse na época. Ativa nas redes sociais, a artista costuma revelar artista, como a drag queen maranhense Seketh Barbara - que canta Bicha pague meu dinheiro, versão de Bitch better have my money, de Rihanna. MC Melody e Nego do Borel foram outros artistas bastante comentados nas redes sociais dela e que conseguiram espaço na mídia.

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+Coreografia
As bailarinas e coreógrafas oficiais de Anitta, Arielle Macedo e Alline Azevedo, dão um workshop de Stiletto dance, neste sábado (9), na sede da Amazing (Empresarial Pessoa de Melo, Av. Conde da Boa Vista, 50). No ano passado, até as bailarinas de Beyoncé vieram ao Brasil aprender os passos de Bang com elas. Inscrições: R$ 60. Informações: 98444-9028.

"Estou num lugar em que eu batalhei para chegar e ainda quero fazer muita coisa", afirma Anitta. Foto: YouTube/Reprodução

Entrevista // Anitta

Estar no topo te assusta? Não assusta, mas cada conquista é surpreendente para mim. Eu estou num lugar em que eu batalhei para chegar e ainda quero fazer muita coisa, mas cada elogio de pessoas queridas, cada prêmio, cada número que eu alcanço é uma recompensa muito grande.

As pessoas continuam te associando ao funk, apesar do seu trabalho estar cada vez mais distante do ritmo e se aproximando do Pop. Como analisa essa transição?
Eu comecei minha carreira no funk, mas sempre ouvi e gostei de todos os ritmos. Ao longo dos trabalhos fui colocando esse meu lado mais eclético no meu repertório também. O álbum Bang é aquele em que eu mostro mais isso. Usei referências de pop, reggae, hip hop, o próprio funk e outros ritmos, misturei todos eles e apresentei um resultado novo para o meu público. Minha ideia sempre foi poder cantar de tudo.

Você tem conquistado vários prêmios e recordes com o atual trabalho. A que atribui esse sucesso?
Eu vejo tudo isso como uma retribuição ao trabalho de formiguinha que eu faço desde o início da minha carreira, pensando em novidades para o público a cada trabalho, dando o meu melhor. Estou muito feliz com esse retorno, tem valido muito a pena toda a dedicação. Meus fãs também me apoiam sempre, são muito carinhosos, o que é muito gratificante.

 

Você se considera uma workaholic (viciada em trabalho)?
Sim, mas sem sofrimentos! Risos. Eu amo o meu trabalho e me dedicar a ele é um prazer pra mim.

Você costuma comentar a agenda lotada e a dificuldade de tirar folga. Recentemente, o grupo One Direction anunciou que vai fazer pausa de um ano. Como seria se a Anitta tirasse um ano de férias?
Eu mesma não iria sobreviver! (Risos) Seria muito bom ter um descanso, mas com certeza eu sentiria falta de fazer os shows, cantar, estar com meus fãs. A verdade é que eu amo tudo isso! Sou workaholic, mas sem sofrimentos! Eu amo o meu trabalho e me dedicar a ele é um prazer para mim.

No Snapchat, você mostra muito da sua rotina. Qual o limite dessa exposição?
Acho que cada um tem o seu limite, de acordo com o quanto se sente bem de mostrar. Para mim, o Snapchat é mais um canal de contato com meu público. Eles me acompanham, torcem por mim e gostam de saber das minhas novidades, então lá eu divido um pouquinho do meu dia com meus fãs e assim posso retribuir o carinho que eles têm comigo.

Como lida com a ditadura da beleza? O que diria para as meninas que estão insatisfeitas com o próprio corpo?
Eu não entro nessa ditadura, me cuido por saúde e para aguentar o pique dos meus shows. Me alimento bem, faço exercícios e o retorno disso acaba sendo físico também, é um bônus. Todos temos nossos pontos fortes e é importante nos sentirmos bem com eles, nos gostarmos como somos.

Serviço
Baile da Proibida – Anitta, Karol Conka e DJs Camila Cortez, Alex Bloon e Jaiara Fontes
Quando: Sábado (9), a partir das 22h
Onde: Clube Internacional (Rua Benfica, 505, Madalena).
Ingressos: R$ 60 (pista) e R$ 150 (área vip)
Informações: 3071-6650