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Entrevista Nenhum ritmo vende alegria como a gente, diz vocalista da Banda Eva, Felipe Pezzoni O cantor lança DVD Eva Sunset com show no Recife, nesta quinta-feira, no Natal da Carvalheira

Por: Marina Simões - Diario de Pernambuco

Publicado em: 24/12/2015 15:00 Atualizado em: 24/12/2015 16:39

Banda Eva lança novo DVD com show no Natal da Carvalheira, no Recife. Foto: Universal Music/Divulgação
Banda Eva lança novo DVD com show no Natal da Carvalheira, no Recife. Foto: Universal Music/Divulgação

Os cantores Ivete Sangalo, Emanuelle Araújo e Saulo Fernandes já tiveram passagem pela Banda Eva. Há dois anos, o baiano Felipe Pezzoni, de 31 anos, vem escrevendo sua história junto com a do grupo de mais de vinte anos. "Tenho muitos planos e sei que posso somar. Formamos um novo time, com outra proposta e nova sonoridade", explica o cantor que assumiu em 2013, após a saída de Saulo.

A banda divulga o DVD Eva Sunset, lançado em dezembro, e traz novo show para o Natal do Carvalheira, nesta quinta-feira (24), véspera de feriado, a partir das 23h, na sede da  Cachaçaria Carvalheira (Rua Manoel Didier, 53, Imbiribeira). Ainda se apresentam o cantor Leo Verão, Felipe e Gabriel, Club Banditz, Doubleminds e o DJ José Pinteiro. Ingressos: R$ 250 (mulher) e R$ 270 (homem).Informações: 3081-8130.

Confira os shows e prévias no roteiro do Divirta-se

Para o show no Recife, o cantor fará um passeio pelos maiores sucessos do grupo como Me abraça, Beleza rara, Levada louca e Arerê, além de canções inéditas. São cerca de duas horas de muito axé, que ainda inclui hits de outros artistas como Jorge Ben Jor, Ed Sheeran e Tim Maia. "Nosso show é muito pra cima. Faremos um esquenta para o carnaval", promete.

Em entrevista ao Viver, Felipe Pezzoni fala sobre o novo DVD, comenta os dois primeiros anos à frente do grupo e a "crise" no axé. Leia a entrevista.

"Já rolou uma apalpada aqui ou ali", confessa Felipe Pezzoni sobre assédio das fãs. Foto: Universal Music/Divulgação
"Já rolou uma apalpada aqui ou ali", confessa Felipe Pezzoni sobre assédio das fãs. Foto: Universal Music/Divulgação
Entrevista // Felipe Pezzoni

São dois anos como vocalista do Eva. Como avalia esse período?
Logo no primeiro momento não foi fácil. Era muita responsabilidade. O público não entende que é um ciclo natural. A banda já tem esse propósito, de ser cíclico e de revelar novos artistas. Com o trabalho e com o tempo, as coisas foram entrando nos eixos. As pessoas foram assimilando, e nos encontramos musicalmente. É um trabalho gradativo, de formiguinha. Não é porque carregamos o nome conhecido que seja fácil. Estamos conquistando e reconquistando nosso público. Escrevendo a nossa história.

Porque optaram por São Paulo para a gravação do DVD?
São Paulo foi a primeira cidade que nos abraçou no momento de transição. Além disso, o visual tinha tudo a ver com a temática mais global do projeto. Caiu como uma luva.

Como foi a escolha do repertório?
O grande desafio foi compilar a história do Eva e incluir canções inéditas. Precisávamos ter registrado os grandes clássicos, mostrar ao grande público a nossa maneira de executar essas músicas que já foram interpretadas por grandes músicos na história da banda.

Como explica a permanência de canções com mais de 30 anos no repertório?

Música boa sempre vai agradar. Não são todas as boas canções que se tornam clássicos, mas temos grandes hits de qualidade e que falam de amor, tema atemporal. Acho que vem daí o carinho com os clássicos do Eva, que marcaram a história de muita gente.

Já se passaram três vocalistas na banda, acha que a história pode se repetir no futuro?
Não penso isso. Quero marcar a minha história junto com a do Eva. Tenho muitos planos e sei que posso somar. Não passa pela nossa cabeça. Os empresários são os mesmos desde o início, a estrutura também. Mas formamos um novo time, com outra proposta e nova sonoridade.

O axé perdeu o protagonismo e atualmente é o sertanejo que lidera o show business. Como você enxerga esse panorama?
Acredito que seja algo natural. Ninguém fica todo o tempo no topo. É necessário o revezamento de estilos. O axé começou como um movimento e hoje é uma realidade. Nenhum ritmo vende alegria como a gente até hoje. Fazemos isso como ninguém. Já passou pelo auge e não vejo como uma crise. Temos as duas maiores artistas do país, a Ivete e Claudia Leitte, representando a música Baiana. Também vejo uma geração nova se consolidando dentro do axé. Esse trabalho só vai repercutir mais lá na frente. Mas estou otimista, pelo que tenho visto e ouvido.



Você acompanhou a repercussão da letra Cabelo de chapinha, nova música de Bell Marques? Acredita que a sociedade está mais atenta às mensagens?

Achei completamente desnecessário. Sou contra qualquer tipo de preconceito. Mas nesse sentido, não vejo maldade nenhuma. O pessoal está perdendo o foco. Se for por esse caminho vamos voltar para época da censura. Se for pensar assim, as músicas de Luiz Caldas não podem ser cantadas nos palcos. Devemos nos preocupar com o preconceito de fato. Ficar medindo as palavras atrapalha. Censurar a arte é exagero.

Você é o galã do axé. Como lida com o assédio das fãs?
Não me vejo como um galã e não me comporto como tal. Foco no show e na música. O assédio é tranquilo, as meninas respeitam na maioria das vezes. Mas já rolou uma apalpada aqui ou ali. (risos)

O DVD Eva Sunset já está à venda em todas as lojas do Brasil. Foto: Universal Music/Divulgação
O DVD Eva Sunset já está à venda em todas as lojas do Brasil. Foto: Universal Music/Divulgação
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Confira o repertório do show:
Brindar
Simplesmente
Eva
Flores (Sonho épico)
Levada louca
Me Abraça
Empurra empurra
É do Eva
Circulou
Beleza rara
Não me conte seus problemas
Bem mais
Não precisa mudar
Alô paixão
Leva eu
Pra lá e Pra cá
Arerê
Se joga
Não vá embora
Tudo Nosso
Tudo bem pra mim
Amor de carnaval
No meu jardim


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