Delírio Roberta Sá põe a mulher no papel de protagonista do samba em show no RioMar; confira repertório Cantora potiguar canta canções de Martinho da Vila e Adriana Calcanhotto, além de resgatar composições de

Por: Luiza Maia - Diario de Pernambuco

Publicado em: 26/11/2015 16:42 Atualizado em: 26/11/2015 17:47

Espetáculo foi pensado para ser apresentado em teatros. Foto: Alice Venturi/Divulgação
Espetáculo foi pensado para ser apresentado em teatros. Foto: Alice Venturi/Divulgação
Roberta Sá não queria um disco de samba, mas acabou seduzida totalmente pelo gênero enquanto escolhia o repertório de Delírio. A primeira apresentação das novas canções no Recife será hoje, às 21h, no Teatro RioMar.

Confira o roteiro de shows no Divirta-se

Canções de amor e emocionais sobre mulheres contemporâneas, descritas por ela, em parceria com Xande de Pilares (Boca a boca, a única com assinatura dela), Adrianha Calcanhotto (Me erra), que lançou em 2011 Micróbio do samba, e Martinho da Vila (Delírio, resposta feminina ao clássico Disritmia, do qual Roberta é fã, em que a personagem pede colo após um longo dia de trabalho). "Acho que meu papel principal é ser intérprete. Eu gosto de cantar, buscar um repertório que não necessariamente seja meu", conta.

Com vestido preto, cenário em tons de cinza composto basicamente por espelhos e pela primeira vez sem bateria, ela canta nova das 11 músicas de Delírio e retoma canções da carreira. Tudo muito discreto, para manter os holofotes direcionados às canções, justifica. Os ingressos custam R$ R$ 170 e R$ 85 (meia), para plateia, e R$ 150 e R$ 75, para balcão. Informações: 4003-1212.

DUAS PERGUNTAS PARA // ROBERTA SÁ

Delírio é um disco de samba. Por que a escolha?
Acho que o samba, poeticamente, musicalmente, tem que ser renovado. Ainda fala muito de amor, desejo, paixão. O papel da mulher está cada dia maior, mais protagonista. Não quis um disco de samba e depois montei o repertório. O discurso que queria passar tinha muito a ver com o samba contemporâneo.

Ainda é um gênero essencialmente masculino?
Já foi mais, mas é um ambiente muito masculino, mas já melhorou muito. Antigamente, a mulher era a musa. Agora, já compõe, toca bandolim. As mulheres estão colocando a sua forma no jeito de pensar, tocar. Procurei o discurso dessa mulher, porque ela não fica em casa esperando o cara voltar. Ela é a rainha da bateria, protagonista da sua história. É uma mudança bonita para ser marcada.

Confira o repertório do show:

Não posso esconder o que o amor me faz (Cézar Mendes/ Capinan)
Cicatrizes (Miltinho / Paulo Cesar Pinheiro)
Se for pra mentir (Cézar Mendes / Arnaldo Antunes)
Um só lugar (Cézar Mendes/ Tom Veloso)
Samba de 1 minuto (Rodrigo Maranhão)
Me erra (Adriana Calcanhotto)
Delírio (Rafael Rocha)
Bem a sós (Rubinho Jacobina)
Covardia (Ataulfo Alves / Mario Lago)
Amanhã é sábado (Martinho Da Vila)
Água doce (Roque Ferreira)
Meu novo ilê (Moreno Veloso / Quito Ribeiro)
Ah, se eu vou (Lula Queiroga)
Gostoso veneno (Wilson Moreira/ Nei Lopes)
Samba amor e ódio (Carlos Rennó / Pedro Luís)
O nego e eu (João Cavalcanti)
Boca em boca (Roberta Sá /Xande De Pilares)
BIS
Mais alguém (Moreno Veloso / Quito Ribeiro)
Menino (Roque Ferreira)
Festejo / Interessa (Roque Ferreira /Carvalhinho)

Ouça as músicas do disco:



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