Por: Viver/Diario - Diario de Pernambuco
Publicado em: 30/11/2015 10:15 Atualizado em: 30/11/2015 13:02
Foto: Max/Divulgação |
Após sucesso internacional e remake norte-americano, a série francesa Les Revenants tem segunda temporada exibida no Brasil desde o início de novembro, pelo canal Max. Na nova fase, a impressão é que a produção inicia a trama do zero. Baseada no filme homônimo de Robin Campillo, a trama se passa em uma cidade montanhosa onde misteriosamente os moradores mortos voltam à vida. À medida que cada um retorna, algo terrível acontece. A produção segue até o dia 23 de dezembro, é exibido às quartas-feiras, às 22h.
O seriado, dirigido por Fabrice Gobert, causou grande repercussão na estreia. O sucesso rendeu até a versão desenvolvida pelo canal A&E. The returned, no entanto, não trouxe grandes novidades em relação à trama original e foi cancelada na primeira temporada. Les revenants tem como fio condutor a questão da fé. "Ela é o princípio do sobrenatural como eu o vejo: entrar em um mundo que é inimaginável na vida real, cheio de personagens confrontados com os seus limites em termos de realidade", diz.
entrevista >> Fabrice Gobert
"Revenants não é simples de escrever"
Depois de três anos, como você encarou a nova temporada de Les revenants?
A primeira decisão foi retomar a história seis meses após o fim da primeira temporada. Demoramos um pouco até nos convencermos. Encontramos uma maneira de retomar por meio do personagem Berg (Laurent Lucas), o engenheiro que aparece no primeiro episódio e que está tentando entender o que aconteceu. Ele não é da comunidade e está fazendo as investigações. Mas, rapidamente, nós percebemos que também tinha coisas a esconder. É uma espécie de guia.
A ideia de ambientar a trama em um local que se tornou uma cidade fantasma, isolada pelo exército, surgiu logo no início?
Pensamos em cidades que sofreram catástrofes. A de Les revenants tinha que estar em parte abandonada, mas com alguma vida lá.
Como foi escrever a série?
Tudo fluiu em encontro com Audrey Fouché, que trabalhou com Tom Fontana em The borgias. Escrevemos a história para a temporada. Trabalhei com o Emmanuel Carrère e Fabien Adda nos flashbacks de 35 anos. Audrey e eu desenvolvemos as sinopses e passamos para Fabien Adda e a Coline Abert. Eles escreveram versões com diálogos e retomamos o trabalho. Les não é simples de escrever por causa da ligação entre passado e presente. Às vezes, tínhamos ideias enquanto escrevíamos, por exemplo, o episódio 4 que mudariam aspectos dos episódios anteriores. Buscávamos coerência.