Luto Ator, produtor e cantor Luiz Carlos Miele morre aos 77 anos no Rio de Janeiro Ele teve um mal súbito na manhã desta quarta-feira

Por: Viver/Diario - Diario de Pernambuco

Publicado em: 14/10/2015 10:40 Atualizado em: 14/10/2015 18:39

Comunicador teve experiências frutíferas na música, na televisão e na rádio. Internet/reprodução
Comunicador teve experiências frutíferas na música, na televisão e na rádio. Internet/reprodução

Faleceu nesta quarta-feira (14), aos 77 anos, o ator, diretor e apresentador Luiz Carlos Miele. Ele foi encontrado já sem vida em sua residência na Zona Sul do Rio de Janeiro. A causa da morte ainda não foi divulgada.

Miele foi um dos pioneiros no rap brasileiro com Melô do tagarela. Ouça

Apesar de estar completamente associado ao Rio de Janeiro, Luiz Carlos Miele era paulistano. Começou sua carreira ainda menino, influenciado pela mãe, a cantora e instrumentista Irma Miele, cujo nome artístico era Regina Macedo Miele. Foi locutor de rádio nos anos 1960. Ele trabalhou nas prestigiadas Excelsior e Tupi. Mas foi na TV que o ator ganhou fama, participando de programas e especiais como A Praça da Alegria, Alô Dolly e Coquetel.

Miele está no elenco de Prometo um dia deixar essa cidade, filme pernambucano de Daniel Aragão, ainda inédito

Ele também já produziu e dirigiu shows de artistas da MPB como Elis Regina, Roberto Carlos, Wilson Simonal e Alcione. Entre os últimos trabalhos na telinha, destacam-se a Dança dos Famosos no Domingão do Faustão, em 2014 e participação na novela Geração Brasil, do mesmo ano.

A incursão pelo mundo da música contou com a parceria do amigo de longa data Ronaldo Bôscoli, que originou a dupla Miele & Bôscoli. Juntos, eles produziram shows de artistas na geração da bossa nova. Bôscoli inclusive teve um relacionamento com Elis Regina.

Além dos projetos como ator e a agenda de espetáculos, Miele participou durante vários anos, a convite de Roberto Carlos, do projeto Emoções pra sempre, no qual era o responsável pela animação do piano bar e do caraoquê em alto-mar.

Nos anos 1990, Miele ficou conhecido pelo programa Coquetel, exibido nas noites do SBT. A atração virou fenômeno pelo formato "game show" mais sensual, com as assistentes de palco sempre exibindo os seios de acordo com a brincadeira.

Bookstart/reprodução
Bookstart/reprodução
MEMÓRIAS

No começo do mês, ele iniciou uma série de shows para divulgar a autobiografia Miele, contador de histórias (BookStart, R$ 50), com passagens curiosas da trajetória artística de 66 anos - como o começo acidental na carreira, aos 11 anos: durante a gravação de uma novela na Rádio Excelsior, o ator-mirim escalado para o papel ficou nervoso. A mãe de Miele, Regina Macedo, sugeriu o filho para substitui-lo. Deu certo.

A publicidade em torno da obra apresentava fotos de Miele com Pelé, Elis Regina, Roberto Carlos, e definia assim o comunicador, com frase de Ziraldo: "Ninguém tem mais histórias divertidas para contar".

As apresentações no Rio de Janeiro eram custeadas por campanha de financiamento coletivo na internet - ainda aberta no site e prorrogada até o fim do ano. De acordo com informações da Bookstart, do valor de R$ 30.900, R$ 7.164 haviam sido coletados através da colaboração de 28 pessoas.

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