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Música "Quando toco no Recife, me sinto de volta à infância", diz Hamilton de Holanda, que se apresenta no Santa Isabel Bandolinista é um dos maiores nomes da música instrumental brasileira na atualidade. Turnê apresenta repertório do disco Pelo Brasil

Por: Pedro Siqueira - Diario de Pernambuco

Publicado em: 22/09/2015 12:30 Atualizado em: 22/09/2015 15:46


Hamilton de Holanda apresenta repertório de Pelo Brasil no Santa Isabel. Foto: Divulgação
Hamilton de Holanda apresenta repertório de Pelo Brasil no Santa Isabel. Foto: Divulgação

Engana-se quem pensa que a música instrumental é excludente e elitizada. Misturando influências eruditas com jazz, chorinho e MPB contemporânea, o bandolinista Hamiton de Holanda apresenta o show Pelo Brasil neste domingo (27), no Teatro de Santa Isabel (Santo Antônio). Filho de pernambucanos, o músico não esconde a emoção de tocar na cidade. "É como se meus antepassados estivessem ali, sorrindo comigo, me lembra muito as tardes com os meus pais".

O repertório de Pelo Brasil é composto por músicas autorais, com influências variadas da cultura brasileira, com destaque para o folclore do bumba-meu-boi, dos maracatus e o tradicional chorinho.O espetáculo, que tem direção de Marcos Portinari, é costurado ainda por muita prosa. Hamilton tem o costume de dialogar com o público, criando improvisos a cada show. Em entrevista ao Viver, o artista conta as expectativas para o show e ainda revela projetos para o futuro.

Entrevista >> Hamilton de Holanda

"O que mais me alegra é ver pessoas se identificando com o show"

Quais compositores influenciaram na gravação do novo disco?
De certa forma, tudo que eu escuto acaba servindo de influência nas composições. Para esse trabalho, eu quis me focar mais no cancioneiro brasileiro, ouvi muito Tom Jobim, Baden Powell, Hermeto Pascoal, até mesmo coisas mais eruditas como Villa-Lobos.

Como você analisa o cenário da música instrumental hoje em dia?

Tem muita gente boa tocando, não só aqui no Brasil como também no mundo. A música instrumental daqui tem encontrado bastante espaço em festivais como Montreux. Tem o Luiz Barcellos, lá do Sul, o grupo Saracotia, aí do Nordeste.

O que você planeja fazer após o fim da turnê?

Estamos captando imagens de alguns shows da turnê, o projeto é virar um DVD, mas ainda não temos previsão de lançamento, essas coisas demoram, são quase dois anos de trabalho. Está em fase de produção também o registro da turnê que fiz com o Diogo Nogueira na Europa, e ainda um disco de canções infantis com a Orquestra Sinfônica do Mato Grosso.



E como foi para você essa parceria com o Diogo Nogueira?

Muito boa. O samba também é uma das minhas maiores influências, e eu conheço Diogo há bastante tempo, ele é muito querido. O interessante é que a gente mora bem próximo um do outro, e também do condomínio de Arlindo Cruz. Beth Carvalho sempre aparece por lá, então a gente tá sempre vivendo naquele ambiente de festa.

Como é para você se apresentar no Recife?
É um sentimento ótimo. Me transporta de volta para a minha infância. É como se meus antepassados estivessem lá, sorrindo e tocando comigo. A coisa que mais me alegra é quando as pessoas vêm falar comigo para contar justamente isso, como elas se identificam com a música.

SERVIÇO
Hamilton de Holanda no Recife
Onde: Teatro de Santa Isabel (Praça da República, s/n, Santo Antônio)
Quando: Domingo (27), às 19h
Ingressos: R$ 40, R$ 20 (meia)
Informações: 3355-3323

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