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Já vimos! Maze Runner: Prova de Fogo sustenta ação com referências de Jogos Vorazes a REC
Protagonizado por Thomas (Dylan O'Brien), Teresa (Kaya Scodelario) e Brenda (Rosa Salazar), o segundo título estreia no dia 17 de setembro
Publicado: 08/09/2015 às 21:00

Thomas continua como protagonista e lidera o grupo pelo Deserto. Foto: 20th Century Fox/Divulgação/

Com estreia no Brasil marcada para o dia 17 de setembro, Maze Runner: prova de fogo dá sequência à franquia iniciada com Maze Runner: correr ou morrer, lançado no ano passado. O jovem Thomas (Dylan O’Brien, da série Teen Wolf) segue como protagonista da trama, com as cobranças e os benefícios de ser, involuntariamente, eleito o herói do grupo - o que faz lembrar a saga Harry Potter, inclusive pelo passado misterioso que o teria tornado uma ameaça ao grande vilão do enredo, a organização C.R.U.E.L.
Thomas, o “escolhido” para ingressar na misteriosa Clareira do primeiro longa, será responsável, dessa vez, por guiar o grupo de amigos sobreviventes pelo Deserto, um lugar tão maior quanto mais assustador em relação ao cenário de Correr ou morrer. Enquanto tentam escapar da C.R.U.E.L, os meninos percorrem caminhos desolados pela radiação solar excessiva e por tempestades de areia frequentes. São, ainda, perseguidos pelos “cranks” - figuras humanas transfiguradas pelo vírus Fulgor, o que remete aos filmes da sequência R.E.C., de terror. Irracionais, os “cranks” atacam humanos sadios e lhes transmitem a praga - chegam, em Prova de Fogo, a vitimar um dos adolescentes do grupo liderado por Thomas. E pregam diversos sustos na plateia com suas aparições inesperadas e grotescas.
[SAIBAMAIS] Teresa (Kaya Scodelario, da série Skins), a única figura feminina do primeiro filme, ganha companhia - e importância - em Prova de fogo. Torna-se peça-chave para as reviravoltas do enredo, que terá continuação em Maze Runner: a cura mortal, o último da saga, com lançamento previsto para fevereiro de 2017. Na qualidade de personagem decisiva para o desfecho desse segundo longa, Teresa deixa a condição de “mocinha” para a de personagem contraditória, com complexidades emocionais e ideológicas que devem render diferentes reações por parte do público.
Quem entra em cena - e promete roubar parte da torcida dos fãs por um envolvimento amoroso com o protagonista Thomas - é a personagem Brenda (Rosa Salazar). Parceira do também recém-chegado à trama Jorge (Giancarlo Esposito, o Gus de Breaking Bad), Brenda integra um novo núcleo de sobreviventes, que os adolescentes da Clareira encontrarão pelo Deserto. Tudo se equilibra em dúvidas (inclusive morais) em Maze Runner: prova de fogo. A chegada de Gus e Brenda, porém, dá novo suporte (e gás) a Thomas e ao próprio desenrolar da aventura.

Wes Ball, diretor de Maze Runner: correr ou morrer, segue na função. Enquanto T.S. Nowlin assume o posto de roteirista, que dividia anteriormente com Noah Oppenheim e Grant Pierce Myers. Os desdobramentos da história não seguem, necessariamente, os dos livros de James Dashner, que inspiram a sequência de filmes. As semelhanças com a trilogia de Jogos Vorazes continuam - cenários apocalípticos, organizações poderosas e exploradoras, mazelas sociais e, sobretudo, batalhas mortais travadas por pessoas comuns - e até se intensificam, visto que as duas sagas seguem o mesmo esquema de ampliar os cenários e a proporção das batalhas com o passar dos títulos. A C.R.U.E.L remete à Capital (Jogos Vorazes), com a diferença que os protagonistas de Maze Runner são mais jovens e estão em menor contingente contra os vilões.
Do começo ao fim, a ação é sustentada sem a necessidade de efeitos especiais mirabolantes. Os meninos conseguem boa atuação e, com direito a virada de jogo nos últimos minutos do longa, deixam as pontas desamarradas para o último filme, A cura mortal. Newt (Thomas Brodie-Sangster), Minho (Ki Hong Lee), Flypan (Dexter Darden) e Winston (Alexander Flores) ganham a companhia do introspectivo (mas bem informado) Aris (Jacob Lofland) - aumentando a curiosidade em torno do desfecho de cada personagem na conclusão da saga. Prova de fogo, mais dinâmico e mais complexo (positivamente) do que Correr ou morrer, deixa - não sem propósito e de modo evidente, quase literal - a sensação de que o melhor está por vir.
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