Capital
Festival de Brasília do Cinema Brasileiro comemora 50 anos
Mais uma vez, Brasília terá a oportunidade de aplaudir, vaiar e celebrar o cinema nacional
Por: Correio Braziliense
Publicado em: 13/09/2015 15:56 Atualizado em: 13/09/2015 16:03
Big Jato: longa-metragem de Claudio Assis, diretor premiado em outras edições, engrossa a disputa. Foto: Perdidas Ilusões/Divulgação |
O maior e mais tradicional evento cultural de Brasília ainda não começou, mas já deu o que falar. No que tange à programação, artistas e acadêmicos da capital federal se manifestaram negativamente pelas redes, cobrando um repertório mais democrático. De acordo com eles, a curadoria preteriu cineastas mulheres, que aparecem de forma menos expressiva nesta 48ª edição e nos 50 anos de festival (o evento foi suspenso durante um período na ditadura militar). Seja como for, mais uma vez, Brasília terá a oportunidade de aplaudir, vaiar e celebrar o cinema nacional. As polêmicas atuais logo serão substituídas pelos debates e discussões gerados pelos longas, médias e curtas–metragens.
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Se há desconforto no aspecto de gênero representado na seleção, o mesmo não pode ser dito sobre a pluralidade das fitas. A heteronormatividade, a infância e a solidão fazem parte do pacote de seis longas em competição. “Priorizaram a diversidade e, como venho de uma cena do cinema brasileiro com poucos recursos, estar em Brasília, pela primeira vez, me deixa lisonjeado”, comenta Cristiano Burlan, que defenderá o longa Fome. Para ele, o festival se apresenta como uma incógnita. Prêmio, como percebe, é “a cereja do bolo”. Até nisso, o diretor do filme em preto e branco, centrado na terceira idade, impõe caráter político. “A predisposição para se expressar, em cinema, pressupõe política”, reforça.
Estreia
O interior do país, em contraste com metrópoles urbanas, também desenha rumos para a nova edição do festival de Brasília de cinema. Com o primeiro longa de ficção, A família Dionti, o cineasta Alan Minas tem a sensação de cumprir missão – “eu sonhei em fazer a estreia do longa em Brasília”. Focado na primeira paixão de um adolescente morador do interior de Minas Gerais, o filme tem contornos fantásticos, já que envolve tipos que se derretem de paixão e outros personagens circenses, capazes de jogar com verdades e mentiras.
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