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O segredo de A Escolha Perfeita 2, filme que desbancou a estreia de Mad Max nos Estados Unidos
Comédia musical estreia no Brasil nesta quinta-feira, mesma data do novo Missão Impossível
Publicado: 12/08/2015 às 10:00

Queridinha de Hollywood, Anna Kendrick estrela "A escolha perfeita 2". Foto: Divulgação/

O que faz de A escolha perfeita 2 um filme tão especial a ponto de desbancar a fúria do novo Mad Max na semana de estreia nos Estados Unidos? Aparentemente nada. A continuação do longa de 2012, que estreia quase três meses após exibição nos EUA, nesta quinta-feira (13) nas salas do Brasil, traz o mesmo elenco do original e, praticamente a mesma história, com o grupo de vozes femininas Bellas se unindo para vencer um concurso de corais. E talvez foi justamente essa simplicidade que cativou o público norte-americano. Não é um filme que vai entrar para os grandes clássicos do cinema, mas é uma produção pipoca recomendada principalmente para os fãs dos realities musicais - The voice, American idol etc - que ocupam a grade de quase todas as emissoras de TV.
[SAIBAMAIS] Os números não deixam de despertar curiosidade. Com um orçamento de US$ 45 milhões, A escolha perfeita 2 arrecadou mais de US$ 70 milhões apenas no fim de semana de estreia nos Estados Unidos (contra os US$ 44 milhões de Mad Max: A estrada da fúria). Vale destacar que, durante toda a temporada que ficou em exibição no circuito norte-americano em 2012, o longa original conquistou "apenas" US$ 65 milhões. Aqui no Brasil, inclusive, op primeiro filme passou despercebido, com menos de um mês em cartaz em algumas capitais.
Entre outros feitos, foi a melhor estreia na história de uma comédia musical e melhor estreia de um filme de diretor estreante. O longa é comandado por Elizabeth Banks, já conhecida do público como atriz de comédias, que aqui também interpreta uma desbocada comentarista de campeonatos de capela. A produção também é a segunda melhor estreia de um filme dirigido por uma mulher, somente atrás de 50 tons de cinza, de Sam Tayler Johnson, que arrecadou US$ 85 milhões.
O destaque do elenco feminino fica com a australiana Rebel Wilson. Junto com Melissa McCarthy (A espiã que sabia de menos), Rebel é a "gordinha engraçada do momento" em Hollywood. Sua personagem Fat Amy (que na tradução vira "Amy Gorda" mesmo) é responsável pelos melhores momentos do longa, incluindo a abertura apoteótica na qual acaba exibindo as partes íntimas para o casal Barack e Michelle Obama enquanto canta Wrecking ball (de Miley Cyrus), durante uma apresentação solene. Esse episódio "pornográfico" é o propulsor para o declínio das Bellas, que perdem o direito de representar a universidade na turnê nacional de capelas e força a irmandade a entrar no campeonato mundial de corais para recuperar o prestígio perante a instituição.
Uma das queridinhas da atual safra hollywoodiana, Anna Kendrick (Caminhos da floresta) retorna como Rebecca, protagonista do original, mas que agora precisa dividir o posto com Rebel e a caloura Hailee Stanfield (Emilly), que acaba de entrar no grupo e é filha de uma das mais memoráveis Bellas. É de Becca ainda o maior dilema da trama. Se no primeiro longa ela precisava se firmar no grupo para conquistar uma bolsa de estudos, agora, prestes a se formar, ela tem que se dividir entre um estágio numa grande produtora musical e os ensaios para o campeonato mundial de corais.
Se no longa original as comparações com o seriado Glee eram claras - o grupo de corais é formado por minorias, como uma lésbica, uma oriental, uma gordinha -, agora as cantoras estão mais maduras e seguras de si mesmas, deixando a temática do bullying de lado (com exceção da personagem latina, que sempre faz piada de sua condição de estrangeira). O maior desafio das Bellas, no entanto, será o de derrotar Tom Cruise no novo Missão Impossível, que também estreia nesta quinta-feira no Brasil. Prepare a pipoca e assista essa disputa de gigantes de camarote!
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