TV Johnny Hooker em Jô Soares: "Eu tinha aquela rebeldia, gostava de cantar em inglês" Cantor e compositor pernambucano concedeu entrevista ao apresentador na noite desta terça-feira. Saiba como foi

Por: Viver/Diario - Diario de Pernambuco

Publicado em: 19/08/2015 12:05 Atualizado em: 19/08/2015 16:48


Foto: Ricardo Martins/Programa do Jô
Foto: Ricardo Martins/Programa do Jô

"Mesmo com esse nome, ele é do Recife: Johnny Hooker. Vem pra cá!". Assim, o apresentador Jô Soares começou a entrevista com o cantor e compositor pernambucano, na noite desta terça-feira. Foi uma conversa cheia de revelações. A começar pelo nome artístico Hooker (prostituta, em inglês), escolhido aos 15 anos, em defesa de uma garota que amava "e era chamada de puta por ter sexualidade livre e forte. E, com ela, comecei a ver como as mulheres são perseguidas de tantas maneiras".

Superaplaudido praticamente durante toda a entrevista, Johnny contou sobre o visual, "é da 25 de março (rua de comércio popular de São Paulo)", disse. Esse visual é de "um deus do desejo, para vocalizar as músicas de fossa do novo disco". Johnny explicou ainda que esse personagem o acompanhará em toda turnê. "Isso vem muito da minha referência musical. Todos os artistas que admiro têm essa pegada: David Bowie, Rita Lee, Madonna, Caetano. São artistas visuais, que incorporam um novo personagem a cada disco".

O recifense detalhou ainda o conceito de Vou fazer uma macumba pra te amarrar maldito, turnê que passou pelo Recife em julho passado. "São três atos, da fossa à superação. E como um bom recifense, termina em um novo carnaval; em frevo". "Você freva?", perguntou Jô. "Nãããão. Sou péssimo no frevo". Johnny falou ainda sobre a mãe carioca, o avô irlandês (que a avó materna conheceu em um cruzeiro). E sobre a participação no filme Tatuagem. "Hilton Lacerda, a quem considero como melhor roteirista do cinema nacional, mandou o roteiro para mim e disse: ‘queria que você fizesse alguma coisa com ele’ e escrevi essa música que é um prenúncio do amor que será vivido no filme, uma história linda e trágica".


Foto: Ricardo Martins/Programa do Jô
Foto: Ricardo Martins/Programa do Jô

Jô exibiu ainda imagens da participação do cantor em O baile perfumado, "O primeiro filme realizado em Pernambuco em muitos anos, por Paulo Caldas e Lírio Ferreira", desabafou. "Até colocamos uma seta para lhe identificar", disse Jô. "Era loirinho, herança do avô irlandês", mas aos 15 anos já era bem diferente: "devo ter enlouquecido meu avó paterno, cearense. Eu tinha aquela rebeldia, gostava de cantar em inglês e usava uma cor de cabelo a cada semana", comenta. E, para encerrar, cantou Alma sebosa. Mais palmas. 



MAIS NOTÍCIAS DO CANAL