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Vilão de Os dez mandamentos explica personagem: ele trata as mulheres como mercadorias
Personagem da terceira fase da novela, Ahmós é um dono de prostíbulo
Publicado: 20/07/2015 às 20:00

Foto: Record/Divulgação/Foto: Record/Divulgação

O ator Carlos Bonow é uma das novidades da terceira fase de Os dez mandamentos. Após participação na segunda temporada de Milagres de Jesus, ele dá vida ao inescrupuloso Ahmós, dono do prostíbulo Casa de Senet. "Estou em um ótimo momento na carreira. Pela primeira vez, vou cantar em um solo num musical e participo da novela de maior sucesso da TV Clube/Record. Estou muito feliz", comemora o carioca, de 42 anos.
[SAIBAMAIS] O primeiro trabalho do ator na televisão foi na novela Malhação (1997). Desde 2007, está na TV Clube/Record, na qual trabalhou em novelas como Máscara e Pecado mortal. Além da novela bíblica, cuja média de audiência é 13 pontos, ele se prepara para estrear o musical Estúpido cupido, no Rio de Janeiro, e dirigir o primeiro longa-metragem da carreira, batizado de Escravidão.
entrevista >> Carlos Bonow
Como define Ahmós?
Ele não tem caráter nenhum. Trata as mulheres como as mercadorias. Por saber muitos segredos da nobreza, ele usa isso para poder se dar bem. É o que vem aparecendo até o momento. A Casa de Senet era como se fosse um gamão, mas funciona como se fosse um bordel. Isso é um lado obscuro do Egito, onde acontecem algumas intrigas. Esse lado vai começar a se desenvolver agora na novela. A escritora Vivian de Oliveira diz que sempre quis ter um bordel na trama. Como dizem, a prostituição é a profissão mais antiga do mundo.
Os dez mandamentos vem apresentando bons resultados na audiência. Acredita que o público está mais conservador?
Não acho que seja exatamente por isso. É um novo "bem feito". Uma novela que fala sobre o Egito Antigo. Até porque o tema só era visto em livros ou em filmes de Hollywood. Agora está sendo mostrado por elenco brasileiro e de forma muito bem feita. Tudo muito bem cuidado, com um texto primoroso. As pessoas se interessam por boas histórias. Os dez mandamentos é uma história diferente. Apesar de ser bíblica, ela acima de tudo é uma bela história, e enriquecedora. Figurinos, cenários… O grande sucesso é esse. Tomara que venham novos horários para a teledramaturgia na Record e que aumente ainda mais esse mercado, com temática religiosa ou de ficção.
Você enxerga alguma semelhança na trama com o cenário atual do Brasil?
Claro. É como diz a música: "Desde os primórdios, até hoje em dia, o homem ainda faz o que o macaco fazia". O Egito foi uma das primeiras civilizações, mas já existia corrupção, jogo de poder, interesse político, pseudo herói e vilão. Apesar de serem de outros países, as histórias mudam mais de nome. Esse tipo de personagem, como o Ahmós, é muito recorrente na sociedade, na prostituição das ruas e na política,
Além da novela, você está com algum projeto?
Eu tenho alguns. Vou dirigir um longa-metragem chamado Escravidão, protagonizado por Érico Brás. E também vou participar como ator. Começamos a rodar possivelmente em novembro. No teatro, eu estreio em agosto o musical Estúpido cupido no Rio de Janeiro. Vou cantar algumas músicas dos anos 1960. Já tinha feito outros musicais, mas esse é o primeiro que vou solar cantando.
Você avalia que a profissão de ator está em boa fase?
Acho que o momento é delicado para todo mundo, mas o artista que tem mais habilidade acaba tendo mais possibilidade. Ao mesmo tempo em que o país está em crise, por outro lado, tem mais produções na tevê a cabo, tem mais emprego para artista e o mercado da TV deu uma aquecida. Virou lei, uma obrigação.
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