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Música FIG 2015: "Nunca tomei tanto Lexotan na vida", diz Silvério Pessoa, sobre primeira vez no festival Em entrevista, o cantor falou sobre a relação com a obra de Jackson do Pandeiro e o show desta sexta-feira em Garanhuns

Por: Marina Simões - Diario de Pernambuco

Publicado em: 23/07/2015 20:15 Atualizado em: 23/07/2015 20:17

Silvério Pessoa: atração do Festival de Inverno. Foto: Ivanildo Machado/Divulgação
Silvério Pessoa: atração do Festival de Inverno. Foto: Ivanildo Machado/Divulgação

O cantor Silvério Pessoa já circula em meio ao público da 25ª edição do Festival de Inverno de Garanhuns. Ele participa de dois encontros com alunos da escola estadual da cidade para falar sobre música. Silvério será uma das atrações do Palco Pop da sexta-feira (24), às 20h, onde apresenta o novo disco, Cabeça feita, cantando repertório de Jackson do Pandeiro. O show estreou no São João do Recife. 

 O disco é resultado de um processo de cinco anos, quando Silvério se debruçou na obra de Jackson. Ele analisou cerca de 700 faixas e selecionou apenas 22 canções. "Jackson é um compositor que está lado a lado comigo, uma inspiração. Minha carreira começou interpretando Jackson desde o Cascabulho. Pretendia fazer esse disco com Almira, a viúva de Jackson, mas ela faleceu em 2011 e guardei o projeto. Só este ano consegui os recursos para resgatar e efetivar essa vontade", conta.  

Em Cabeça feita, Silvério pessoa expõe a obra de Jackson do Pandeiro de forma 'menos óbvia possível'. "Explorei o lado mais lírico, poético e rítmico. Saímos do óbivio, não gravamos Cantiga do sapo, Sebastiana e Canto da ema. Fui por outro lado da obra dele", detalha. No repertório estão músicas conhecidas como Forró de Limoeiro, Uma a um, Na base da chinela, Mãe Maria, Rosa e Cabeça feita - essa última já foi gravada por Gal Costa e dá o título do disco.

Sobre a relação com o Festival de Inverno de Garanhuns, Silvério Pessoa guarda as melhores lembranças. "É um festival familiar que ladeia os melhores momentos da minha carreira", comenta o artista que veio acompanhado da esposa Kátia e da filha Marina. Ele recordou que a estreia no FIG, em 1995, foi também seu primeiro show profissional junto com o grupo Cascabulho. "Foi o primeiro grande show que fizemos. No encerramento das programações havia um circo. Na época, o professor Ariano já transitava na Secretaria de Cultura. Todos os palcos eram desmontados e o encerramento concentrava o público nessa tenda", recorda. "Além disso, estreei minha carreira solo aqui com o Bate o Mancá - O Povo dos Canaviais (2001), e foi também na Praça Guadalajara que lancei o CD Cabeça Elétrica, Coração Acústico (2005)". 

Entre as recordações inusitadas do FIG, uma delas, foi quando ele lançou o Bate o Mancá - O Povo dos Canaviais (2001). "Recebi o convite pra fazer a Guadalajara abrindo para Gal Costa. Nunca tomei tanto Lexotan na minha vida (risos). Não foi fácil. Mas tivemos uma recepção brilhante e foi um dos melhores shows da noite". 


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