Música Cazuza e as principais canções que marcaram o Brasil As músicas que aclamaram nacionalmente o cantor e compositor carioca, que faleceu há quase 25 anos

Por: Gabriel de Sá - Correio Braziliense

Publicado em: 01/07/2015 12:27 Atualizado em: 01/07/2015 16:19


Entre os sucessos, "Brasil" e "Bete Balanço". Foto: Cazuza.com/Reprodução
Entre os sucessos, "Brasil" e "Bete Balanço". Foto: Cazuza.com/Reprodução

"Parece que a gente está andando para trás". É assim que Lucinha Araújo, mãe do cantor e compositor carioca Cazuza, enxerga o Brasil de hoje, invadido por uma onda de conservadorismo como há muito tempo não se via. Morto em 7 de julho de 1990, há quase 25 anos, o artista ganhou o país ao encarnar um personagem de alma libertária, cujo grito impunha-se contra o que ele considerava careta — para usar um termo bem comum nos anos 1980. "Tudo aquilo contra o que ele lutou está voltando. Tenho certeza de que ele estaria fazendo muitas músicas sobre isso", disse ela.

Todo amor que houver nessa vida

Lançado no primeiro álbum do Barão Vermelho, homônimo, de 1982, a canção composta por Cazuza e Roberto Frejat chamou a atenção de Caetano Veloso, que a cantou em um show e saudou o novo poeta.

Pro dia nascer feliz

O primeiro grande hit do Barão Vermelho estava no segundo disco do grupo carioca, de 1983. A música da dupla Cazuza e Frejat foi gravada por Ney Matogrosso e ajudou os rapazes a ganharem mais visibilidade.

Bete Balanço

A canção foi feita por Cazuza e Frejat sob encomenda, para o filme homônimo de Lael Rodrigues, estrelado por Débora Bloch em 1984. A música é considerada um dos maiores sucessos da carreira do Barão Vermelho.


Maior abandonado


A faixa que deu o nome ao terceiro disco do grupo, lançado em 1984, também leva a assinatura de Cazuza/Frejat. A banda já era nacionalmente conhecida e, em 1985, fez um show histórico na primeira edição do Rock in Rio.

Exagerado

Título do primeiro álbum da carreira solo, de 1985, esta parceria de Cazuza com Leoni e Ezequiel Neves se tornaria uma de suas marcas registradas. Cazuza declarou ser esta a sua composição mais autobiográfica.

Codinome beija-flor

Parceria com o amigo e produtor Ezequiel Neves, a canção apresenta um lado mais melancólico de Cazuza, em contraponto às baladas roqueiras de outrora. Também faz parte do primeiro álbum solo do artista, Exagerado.


Ideologia


Faixa-título do terceiro disco solo de Cazuza, lançado em 1988, a canção de teor político foi eleita uma das mais importantes da carreira do compositor, sobretudo pelo momento que o país vivia à época.

Brasil

Parceria com George Israel, do Kid Abelha, ganhou o Prêmio Sharp de melhor canção em 1988. A faixa recebeu uma versão de Gal Costa que também fez enorme sucesso e foi tema de abertura da novela Vale tudo, da TV Globo.

Faz parte do meu show

Também do disco Ideologia, considerado pela crítica como o melhor álbum solo de Cazuza, a canção em parceria com Renato Ladeira mostra que o artista, para além de roqueiro, foi também influenciado pela bossa nova.

O tempo não para


Último grande sucesso de Cazuza, em parceria com Arnaldo Brandão, a faixa deu o nome do quarto álbum do artista, gravado ao vivo. A música marca os últimos shows do artista, já debilitado pelo Aids.

 

 



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