Afrodisíaco Filme pernambucano Sangue Azul transmite a sensualidade sublime de Fernando de Noronha Repleto de amor, sexo e belas imagens da natureza, novo longa-metragem do cineasta Lírio Ferreira está em cartaz nos cinemas do Shopping Recife e da Fundação

Publicado em: 04/06/2015 07:53 Atualizado em: 04/06/2015 12:59

Daniel de Oliveira e Caroline Abras interpretam irmãos apaixonados. Fotos: Imovision/ Divulgação
Daniel de Oliveira e Caroline Abras interpretam irmãos apaixonados. Fotos: Imovision/ Divulgação


Quem viaja para Fernando de Noronha costuma viver uma experiência sublime de transcendência diante das paisagens naturais. É uma sensação indescritível que não pode ser reproduzida por fotografias, relatos ou filmagens comuns. Dirigido pelo cineasta pernambucano Lírio Ferreira, o filme Sangue azul, em cartaz nos cinemas, alcança esse estado de espírito ao promover uma integração entre a natureza, o amor, o sexo e a arte.

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O ator Daniel de Oliveira interpreta um nativo de Noronha que retorna para o arquipélago junto com o Circo Netuno, onde trabalha como homem-bala. Sangue azul mostra como a chegada dos artistas circenses altera o cotidiano dos ilhéus e mexe sobretudo com os desejos reprimidos. O filme é uma experiência sensorial afrodisíaca que tem deixado plateias arrepiadas, com participações e premiações importantes nos festivais de Berlim, Rio de Janeiro e Paulínia, entre outros.


As primeiras imagens do longa-metragem surpreendem por serem em preto e branco. Essa opção iguala personagens e paisagens em uma belíssima massa cinzenta. Seria óbvio explorar o colorido da natureza logo de início, mas Lírio prefere um caminho imprevisível que leva o público a direcionar o olhar para a coreografia da ação. As cores surgem depois que a lona do circo é armada e o espetáculo começa. A partir daí, com imagens arrebatadoras alcançadas pelo diretor de fotografia Mauro Pinheiro, Sangue azul torna um lugar lindo ainda mais bonito e honra o privilégio de ser o primeiro filme de ficção totalmente rodado em Noronha.

Além da arte, representada no circo, na música (afoxé, ciranda, frevo), na verborragia (sobretudo dos personagens vividos por Ruy Guerra e Paulo César Pereio) e no próprio cinema, o amor e o sexo são os ingredientes que se misturam nesse redemoinho marítimo. O romantismo sem limites é defendido na relação amorosa entre o personagem de Daniel e a irmã dele, vivida pela atriz Carol Abras. A liberdade sexual, em suas várias formas, manifesta-se entre os dois e também nos personagens que os circundam. Algumas cenas eróticas surgem praticamente do nada, mas não de forma gratuita, pois contribuem para reforçar a sensualidade que o filme procura disseminar.





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