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TV Conversamos com as atrizes de Orange Is The New Black sobre a nova temporada Terceiro ano da produção original do Netflix foi disponibilizada em streaming no fim da noite desta quinta-feira. Presente de Dia dos Namorados?

Por: Raquel Lima - Diario de Pernambuco

Publicado em: 12/06/2015 09:05 Atualizado em: 12/06/2015 10:21


Série deve tomar novos rumos após mudança de comédia para drama. Crédito: Netflix/Divulgação
Série deve tomar novos rumos após mudança de comédia para drama. Crédito: Netflix/Divulgação

São Paulo - Uma Piper Chapman (Taylor Schilling) mais forte e uma Alex Vause (Laura Prepon) mais frágil dão o tom dos primeiros episódios da terceira temporada de Orange is the new black, liberados em streaming com horas de antecedência pelo Netflix, no fim da noite desta quinta-feira (12). A inversão na balança de forças do relacionamento rende cenas quentes e diálogos mais reflexivos entre as duas, com direito a lágrimas e troca de empurrões. Essa dinâmica pesa ainda mais com a chegada da nova detenta Stella Carling (Ruby Rose), que estreia com ares de coprotagonista.

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Com a saída da vilã Vee Parker (Lorraine Toussaint), cujo destino permanece incógnito, personagens como Poussey (Samira Wiley) e Suzanne (Uzo Aduba) ganham contornos mais dramáticos. A penitenciária de Litchfield ainda não se recuperou dos desmandos financeiros da ex-diretora Figueroa (Alysia Reiner). A administração atual de Joe Caputo (Nick Sandow) traz uma nova agente (Marsha Stephanie Blake), e mais prisioneiras. As vidas pregressas das presas também estão no "cenário", incluindo a esperada história de Big Boo (Lea DeLaria).

Orange is the new black
chega ao terceiro ano com o tema fé e impondo respeito: o quarto ano já está garantido no Netflix e três protagonistas - Samira, Udo e Natasha Lyonne, que vive Nick Nichols - foram as principais atrações do canal em trio da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo. As três conversaram com o Viver. (Colaborou Larissa Lins)

A jornalista viajou a convite do Netflix

Entrevista >>  Samira Wiley Uzo Aduba  Natasha Lyonne

Personagens que eram alívios cômicos estão densos, como Poussey. Por quê?
Uzo Aduba – Acredito que criar OITNB é equilibrar planos com improviso. É preciso ouvir o mundo. Minha aposta é que Jenji (Kohan, criadora da série) sabe a direção a seguir, mas também dá espaço ao desenvolvimento orgânico dos personagens. É como uma dança.

Como a saída de Vee muda a dinâmica da série?
Uzo – Muito. A própria instituição passou por uma tempestade. E, agora, como depois de qualquer desastre, as pessoas estão recolhendo os pedaços. Reconstrução é a palavra que me vem à mente agora. Para Suzane, o momento é de vivenciar as fases do luto. Isso é muito claro.

O tema da temporada é fé. Como será abordado?
Uzo - Jenji apresenta a fé como algo além de uma instituição religiosa. Fé em si mesmo, nos outros. A escolha de onde colocar a fé.



Como foi participar da parada de São Paulo?
Samira - Parece que você está apenas festejando, mas, de repente, sente o poder daquilo tudo. Estou feliz por ter usado óculos (risos). Foi uma experiência da qual não esquecerei.

No Brasil, agora, há um boicote religioso a uma novela e a uma empresa de cosméticos que apresentam casais gays. Qual o papel que a TV, em geral, pode ter na conquista de direitos e no orgulho gay?
Natasha – O entretenimento pode tornar a mente das pessoas mais abertas, sim. O stand up pode ajudar. O impacto de fazer alguém rir e enxergar o absurdo de suas ações ou caretices. Ou o quão assustador, perigoso e forte o ódio pode ser.



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