Estreia Bradley Cooper e Emma Stone estão em Sob o Mesmo Céu, em cartaz nos cinemas Com elenco de luxo, novo filme do cineasta Cameron Crowe é confuso e desperdiça boas ideias

Publicado em: 11/06/2015 07:58 Atualizado em: 11/06/2015 09:39

Bradley Cooper, Emma Stone (ao fundo) e Rachel McAdams contracenam no Havaí. Foto: Fox/ Divulgação
Bradley Cooper, Emma Stone (ao fundo) e Rachel McAdams contracenam no Havaí. Foto: Fox/ Divulgação
 
Sob o mesmo céu reúne elementos que renderiam um bom filme, mas algo deu errado. A primeira coisa que chama atenção é o elenco, com a participação Bradley Cooper (quatro indicações ao Oscar), Emma Stone (indicada este ano por Birdman), Rachel McAdams (uma das queridinhas da América) e Bill Murray (atualmente em ótima fase). O estilo adotado pelo diretor Cameron Crowe (Quase famosos, Jerry Maguire) também parece promissor, com diálogos coloquiais, sem excessos de objetividade, interpretações soltas, casualidade, certa cacofonia e opções pelo não-dito. A orquestração, entretanto, não encontra um tom adequado e tudo fica meio solto.

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O filme retrata as relações entre o exército norte-americano e os habitantes nativos do Havaí em negociações fundiárias que envolvem investimentos aeroespaciais. Cooper interpreta um militar encarregado de intermediar o diálogo com os havaianos, que não querem entregar fácil as sagradas montanhas florestais litorâneas para investimentos aparentemente relacionados ao belicismo e à inconsequente iniciativa privada.

Todo esse contexto sociopolítico funciona como pano de fundo para um quadrângulo amoroso que envolve o personagem de Cooper, sua assistente militar (Emma), sua ex-namorada (Rachel) e o atual marido dela (John Krasinski, quase mudo).

O título original do filme é Aloha. A cultura do Havaí, terra natal de Obama, é mesmo o maior diferencial. Ela é explorada com mais detalhes do que em Os descendentes (2011), apesar de o ponto de vista ainda ser muito forasteiro. Percebe-se que a vida no arquipélago do Pacífico tem um clima diferente, seja nas roupas, nas cidades, na música, nas paisagens ou nas tradições dos nativos, que se consideram "havaianos de nascença e americanos por imposição".



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