Dança Origens da cultura africana são tema de novo espetáculo do Grupo Grial de Dança "Abô" estreia nesta quinta-feira no Sítio da Trindade, em temporada até domingo

Publicado em: 28/05/2015 09:42 Atualizado em:


Crédito: Dani Neves/Divulgação
Crédito: Dani Neves/Divulgação

Uma janela poética sobre a dança e o movimento na cultura de matriz africana. Este é o mote de Abô, o novo espetáculo do Grupo Grial de Dança, que estreia às 19h30 desta quinta-feira (28), no Sítio da Trindade, e cuja temporada vai até o domingo. Após o reconhecimento alcançado no mundo da dança pelo solo Terra, de 2013, a partir do universo indígena, a pesquisa capitaneada pela coreógrafa Maria Paula Costa Rêgo traz no palco a bailarina Anne Costa e o percussionista Lucas dos Prazeres. A dupla mostra a ancestralidade africana e a vivência em ambiente de terreiro a partir da dança e da música, seja pelo canto ou pelo uso de instrumentos.

Segundo Maria Paula, a ideia é trazer o movimento contido nas danças dos orixás a partir do filtro da dança contemporânea. “Cada orixá contém uma linguagem em si. Posso falar de tudo: de alegria, de tristeza, de paixão. Abô mostra uma necessidade de chegar mais perto das danças africanas enquanto técnica, estilo, escritura corporal. Com certeza, é mais um passo, e enorme, na construção da dança do Grial, na maneira de colocar o corpo em cena. Trabalhar com material dos índios e da herança africana me soa mais universal do que trabalhar com a dança moderna ou o balé clássico”.

A rapidez para levantar o espetáculo – que começou a ter ensaios no último mês de março – também ilustra a propriedade dos bailarinos sobre a temática. “Abô é quase uma ópera: há canto, dança e instrumentos em cena. Nossa própria tradição é muito africana, isso também está, de alguma forma, no maracatu, no cavalo marinho, onde também se canta, se dança e se falam poesias”.

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