Música Pernambucano desacelera carreira de top model para se dedicar à música Arthur Sales, top model com trabalhos em vários países, juntou-se aos paulistanos Pedro Carvalheiro e André Peña para cantar reggae pop

Por: Larissa Lins - Diario de Pernambuco

Publicado em: 07/04/2015 07:10 Atualizado em: 07/04/2015 10:00

O trio desenvolveu um gênero chamado reggae pop. Foto: Ítalo Gaspar/Divulgação
O trio desenvolveu um gênero chamado reggae pop. Foto: Ítalo Gaspar/Divulgação


Surfe, praia, violão, reggae, amor e paz. Essas seis palavras são as escolhidas por Arthur Sales, o top model que largou a carreira internacional para se entregar ao sonho da música. Aos 23 anos, o recifense se juntou a dois amigos paulistas - Pedro Carvalheiro e André Peña - para produzir o que chamam de reggae pop, uma versão moderninha do ritmo jamaicano, com batidas eletrônicas ao fundo.

O trio assinou o primeiro contrato com a Sony Music após mostrar à gravadora o single Baby, não vá. Lançado no dia 5 de março, o clipe já ultrapassa as 85 mil visualizações. Há alguns meses, Arthur se reúne com os parceiros diariamente na capital paulista e ensaia melodias para novas composições. O objetivo é lançar, até meados deste ano, o primeiro EP. “Queremos alcançar vários públicos, mas principalmente o da nossa geração”, comenta Arthur.

A aparência dos garotos ajuda a cativar admiradores. Despojados, divulgam o projeto com bermudas coloridas e camisas desabotoadas, exibindo os músculos bem torneados. Faz parte da imagem jovial que pretendem associar à Maui 68. “O reggae pop surgiu com esse objetivo. É algo novo, com energia jovem, essa é a mensagem que queremos passar.

A ideia agora é se dedicar ao primeiro EP. Foto: Ítalo Gaspar/Divulgação
A ideia agora é se dedicar ao primeiro EP. Foto: Ítalo Gaspar/Divulgação


O gênero nasceu da intersecção entre as preferências de três rapazes com gostos musicais diferentes, de Bob Marley a Bruno Mars”, explica o vocalista, que ainda atua como modelo e, nas horas vagas, surfa em praias do litoral pernambucano (na Semana Santa, bateu ponto em Maracaípe). Para se adaptar à nova rotina, todos abriram mão das graduações e outras atividades profissionais. Ganharam tempo para lançar covers na internet a cada duas semanas e, ainda, para se debruçar sobre letras autorais inspiradas em experiências próprias – Baby, não vá, por exemplo, é fruto de memórias de André Peña.

A Maui 68 ainda não subiu aos palcos, mas, segundo os rapazes, os shows devem permanecer engavetados até o lançamento do álbum de estreia. Quando postos em prática, porém, Pernambuco – a casa de Arthur – deve estar na lista de prioridades entre os destinos. Até lá, a intenção é clara: “quando as pessoas nos ouvirem de olhos fechados, queremos que se sintam na praia.”

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O nome Maui 68 foi inspirado na Ilha de Maui, a segunda maior do Havaí. O número 68 é uma homenagem ao ano 1968, quando o movimento tropicalista fervia no Brasil, e quando, no exterior, os Rolling Stones lançaram o álbum Simpathy for the Devil e os Beatles, o The Beatles (Álbum Branco).

Arthur Sales manteve os contratos de moda nacionais. Foto: Ítalo Gaspar/Divulgação
Arthur Sales manteve os contratos de moda nacionais. Foto: Ítalo Gaspar/Divulgação
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Uma busca rápida no Google conduz a mais de 85 milhões de resultados envolvendo o nome de Arthur Sales. Entre as imagens fornecidas pelo site de pesquisa, cliques do jovem pernambucano como modelo internacional revelam trabalhos junto a marcas como Ralph Lauren, Dolce & Gabbana, Roberto Cavalli, Armani e John Galliano. Aos 16 anos, Arthur já deixava o Brasil rumo à Europa, após alguns meses seguindo carreira de modelo no Recife, onde nasceu.

Posou ao lado da colombiana Shakira e, em pouco tempo, ganhou o mundo da moda. Foi clicado em editoriais de publicações conceituadas no ramo, como GQ, L’Officiel, Vanity Teen e Vanity Fair. Nos últimos anos, dedicado à carreira de top model, fixou residência nos Estados Unidos, onde permaneceu até o surgimento da Maui 68, em 2014. “Eu vivia em Nova York, onde trabalhava como modelo e, nas horas vagas, estudava música e frequentava lojas de instrumentos musicais”, conta. Por hobby, gravou algumas canções amadoras, de autoria e melodia próprias, e as publicou no Youtube.

As visualizações rápidas e numerosas chamaram a atenção dos mesmos produtores do Bonde do Rolê, que o contactaram com uma proposta envolvendo música e a volta para o Brasil. Arthur aceitou. Embarcou rumo a São Paulo, onde André Peña e Pedro Carvalheiro também foram recrutados. E assim, um novo ciclo teve início. O que, segundo o pernambucano, não significa que o primeiro chegou ao fim. “Continuo atuando como modelo. Apenas abri mão de contratos internacionais a fim de permanecer no Brasil e me dedicar aos ensaios e gravações da Maui”, explica Arthur.





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