Espelho d'Água Gal Costa faz show intimista e com arranjo moderno no Teatro Guararapes Canções como "Folhetim", "Vaca profana" e "Baby" não faltaram no repertório

Por: Érica de Paula - Diario de Pernambuco

Publicado em: 19/04/2015 17:30 Atualizado em: 20/04/2015 19:17

Cantora se apresentou na noite do sábado, no Teatro Guararapes. Foto: Art Rec Produções/Divulgação
Cantora se apresentou na noite do sábado, no Teatro Guararapes. Foto: Art Rec Produções/Divulgação
Vestida de Gucci, com a voz um pouco rouca e acompanhada apenas de Guilherme Monteiro - "o bonitinho de Nova York" - no violão e na guitarra, Gal Costa subiu no palco do Teatro Guararapes, em Olinda, com uma pontualidade quase britânica. Sem casa lotada (os ingressos para a plateia custavam R$ 200), o público assistiu na noite do sábado (18) a cerca de 1h40 do espetáculo Espelho d'água, que chega a perfeição.

Intimista, com um arranjo moderno e inovador, Gal relembra importantes canções interpretadas ao longo da carreira de quase 50 anos. Folhetim (Chico Buarque), Vaca profana, Coração vagabundo, Tigresa, Baby (todas de Caetano Veloso) não poderiam faltar. O público se emocionou e cantou junto com a baiana, que completa 70 anos em setembro. O espetáculo também tem espaço para a canção inédita Espelho d'água, título do recital, dos irmãos Marcelo e Thiago Camelo.

Ao longo do show, a cantora se soltou e a interação com o público fluiu. Na canção Você não entende nada (Caetano Veloso), a dobradinha com a plateia durou alguns minutos e no final... "Eu adoro o sotaque daqui. É o mais bonito do Nordeste. Depois do baiano, claro", com direito a um "visse". Encerrou com Meu nome é Gal (Roberto Carlos/Erasmo Carlos), com direito aos agudos que levam todos ao êxtase.

No bis, Modinha pra Gabriela (Dorival Caymmi) ficou de fora. Em Meu bem, Meu mal (Caetano Veloso), algumas pessoas já beiravam o palco em busca de um melhor ângulo, um melhor clique. A plenos pulmões, Força estranha encerrou e espetáculo. Um repertório lógico de ponta a ponta, nenhuma outra música poderia encerrar melhor o show. Quase um pedido: que essa força estranha não a deixe parar.



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