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África Filme Chappie ajuda a massificar a banda sul-africana Die Antwoord Vocalistas do grupo levam seu estilo bizarro para o longa-metragem que está em cartaz nos cinemas

Publicado em: 22/04/2015 16:05 Atualizado em: 22/04/2015 16:06

Cantores Ninja e Yo-Landi em cenas do filme do cineasta africano Neil Blookamp. Fotos: Sony/ Divulgação
Cantores Ninja e Yo-Landi em cenas do filme do cineasta africano Neil Blookamp. Fotos: Sony/ Divulgação
 
Em 2009, a banda sul-africana Die Antwoord começou a virar um fenômeno na internet graças a vídeos que revelavam um estilo próprio extremamente original, tanto no visual ousado quanto na sonoridade enérgica formada por elementos de hip hop, atitude punk e música eletrônica. Depois de circular bastante no circuito de festivais e casas de shows na Europa e nos EUA, o grupo ganha uma nova visibilidade, mais massificada, com a estreia do filme Chappie, atualmente em cartaz no Recife, que tem participação especial dos vocalistas Ninja e Yo-Landi Vi$.

No filme, dirigido pelo também sul-africano Neil Blookamp (Distrito 9 e Elysium), a dupla de cantores fica amiga do robô que é o personagem principal. Eles também mexem no visual da criatura mecânica e o ensinam a se comportar com um estilo inspirado nos gângsters da periferia. Além de atuarem, portanto, os vocalistas do Die Antwoord ainda emprestam um pouco de sua estética para Chappie.

Visual ousado é uma das marcas da dupla. Foto: Clayton Cubitt/ Divulgação
Visual ousado é uma das marcas da dupla. Foto: Clayton Cubitt/ Divulgação

Tanto nos palcos quanto nos clipes, Ninja e Yo-Landi interpretam personagens que criaram para si mesmos. Ninguém sabe ao certo o que é real e o que foi inventado por eles como construção de imagem e exercício de estilo. Eles são representantes de uma cultura de gueto agressiva e ao mesmo tempo irônica.

Pequenina, Yo-Landi às vezes lembra uma criança. Com performances bastante sensuais, ela testa os limites da perversidade dos marmanjos ao fazer essa confusão entre infância e sexualidade. Principalmente por causa do cabelo, a cantora lembra personagens de histórias em quadrinhos do universo punk, como Tank Girl e Lubna (namorada adolescente do andróide italiano Ranxerox).

Além de cantar com um vocal acelerado e com elementos de dialetos suburbanos da África do Sul (sobretudo da cultura Zef), Ninja chama a atenção por causa dos movimentos pélvicos (valorizados por bermudas folgadas) e pelas tatuagens (estilo presidiário), sempre com traços pretos, sem outras cores, espalhadas por todo o corpo. O Die Antwoord é bom porque é bizarro, a começar pelo nome, formado por uma palavra inventada.

Veja três videoclipes do Die Antwoord:





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