Longa Dramas familiares vêm se consolidando no novo cinema nacional

Por: Ricardo Daehn - Correio Braziliense

Publicado em: 19/04/2015 09:04 Atualizado em:

“Família é uma droga pesada” é a tirada de um dos personagens do longa do diretor brasiliense Gustavo Galvão Uma dose violenta de qualquer coisa (com exibição na madrugada de amanhã, no Canal Brasil). “É engraçado, mas no cinema a gente tem mais tradição de retratar casais. Fala-se também mais de trabalho, de vida profissional. As representações de famílias mais imediatas são de clássicos como Guerra conjugal, Tudo bem e A falecida”, observa o diretor, aos 38 anos. Galvão, que é um dos produtores do longa A mulher do pai, às vias de ser rodado em Bagé (RS), está atento a uma virada de página no cinema contemporâneo, que tem ênfase nos dilemas de família.

Curiosamente, a mulher do cineasta, a diretora Cristiane Oliveira, lidera o drama encabeçado pelos atores Marat Descartes e Amélia Bittencourt. “Na trama, pai e filha são tratados como irmãos, antes de a mãe do quarentão, que é cego, morrer”, conta. Um novo filme, o terceiro de Selton Mello, igualmente começa a ser rodado no Sul, com o tema da família no centro. Nos anos de 1960, repaginado, um núcleo frágil encobre o protagonista Tony, obrigado a viver longe do pai (Vincent Cassel).

Intérprete do amigo de Tony, Selton Mello, à frente de O filme da minha vida, terá no elenco ninguém menos do que Antonio Skármeta, escritor chileno de Um cinema de pai, texto em que a fita, rodada até 29 de maio, será baseada. Vale a lembrança de que Selton Mello teve investidas fortes nas famílias de ficção representadas em Feliz Natal (que dirigiu) e Lavoura arcaica.

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