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Conversamos com a atriz de Demolidor, Deborah Ann Woll
Do Canadá, ela concedeu a entrevista a seguir. E alertou: "Não é seguro pensar que Karen é previsível. Ela esconde algo que nem os leitores das HQs sabem"
Por: Raquel Lima - Diario de Pernambuco
Publicado em: 19/04/2015 13:00 Atualizado em: 11/12/2015 18:12
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| Foto: Barry Wetcher/Netflix |
Deborah Ann Woll cresceu brincando de Dungeons & Dragons, jogo de fantasia que é sucesso mundial desde os anos 1980. A “nerdice” da atriz aumentou desde que disse sim ao papel de Karen Page, da recém-lançada série Demolidor. A primeira das quatro adaptações de HQs da Marvel a serem rodadas em Ultra HD pelo Netflix levou a nova-iorquina de 30 anos ao rico universo de heróis e vilões.
"Tinha lido dois roteiros antes dos quadrinhos, mas não penso nela na versão de Stan Lee (criador) ou Kevin Smith (ilustrador). Penso em como torná-la uma mulher coerente”, explicou. E consegue. A Karen de Deborah é tão cativante quanto a versão de Charlie Cox para o protagonista Matthew Murdoch. A produção cinematográfica e o roteiro sólido também são razões de encantamento e colocam o Demolidor da Netflix anos-luz à frente do filme com Ben Affleck, de 2003.
Os 13 episódios da primeira temporada foram rodados em Nova York. "Nossa meta era fazer um filme de 13 horas. Sentia como se estivesse fazendo cinema. Os episódios são sequências, a história é contínua e não se repete", atesta a atriz, que passou sete anos como a vampira Jessica, de True blood, e arrumou tempo para filmes como Ruby Sparks: A namorada perfeita (2012). A artista não esconde a felicidade de estar em uma série cujo protagonista é cego, já que fala sempre da choroideremia, doença degenerativa que afeta a visão do namorado E.J. Scott. Do Canadá, ela concedeu a entrevista a seguir. E alertou: "Não é seguro pensar que Karen é previsível. Ela esconde algo que nem os leitores das HQs sabem".
Entrevista>> Deborah Ann Woll
"Nenhuma de suas cenas é passiva"
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A televisão é o território dos super-heróis hoje. Tanto a Marvel quanto a DC são representadas em diferentes seriados. Por que a audiência é tão encantada por eles?
No mundo em que vivemos, acredito que faz bem às pessoas acompanharem histórias de alguém que se dedica completamente a cuidar e ajudar os outros.
O que faz Demolidor diferente de outros heróis?
Matthew Murdock luta contra criminosos reais, em vez de semideuses ou alienígenas, como fazem, por exemplo, Os Vingadores. Ele lida com mafiosos e foras de lei que são humanos. Esse é um ponto de virada muito interessante, cheio de possibilidades.
Você acha que a mulher é mal representada na TV?
Não sei se mal representada, pois existem muitos papéis para mulheres no ar. Agora, em termos de qualidade dessas personagens, ainda temos um longo caminho pela frente. Claro que já vemos alguns excelentes papéis femininos decolando em roteiros agora.
O que fez você aceitar interpretar Karen, depois de sete anos em True blood?
Realmente, adoro a coragem e quão misteriosa ela é. Em princípio, pensamos que ela será apenas um contraponto para os garotos (Matt Murdock e Foggy Nelson), mas ela acaba tendo uma linha da trama que é só dela. Karen conduz as próprias investigações e atua na vizinhança de Hell’s Kitchen.
Em True blood você era uma vampira, tinha superpoderes. Agora é uma sobrevivente. Qual os desafios desse novo papel?
Karen não tem medo de se colocar em perigo, se for para um bem maior. E vemos ela se recuperando dessa experiência traumática e agora é uma sobrevivente, tem essa força. Nenhuma de suas cenas é passiva. Ela é muito ativa. Tive de falar espanhol em uma das cenas e isso é muito difícil para mim (risos).
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| Foto: Netflix/Divulgação |
A série, inspirada na HQ lançada em 1964, foca em Matthew Michael Murdock (Charlie Cox). Quando criança, o filho de um boxeador sofre acidente envolvendo caminhão e lixos tóxicos que o deixa cego, mas com os outros sentidos superdesenvolvidos. Adulto, leva uma vida dupla. É o “Demolidor” que protege as ruas de Hell's Kitchen, bairro em Nova York, mas também é um advogado iniciando a carreira.
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