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Filme "João Heleno dos Brito", do pernambucano Neco Tabosa, ganha prêmio na França
Curta-metragem aborda mudança no cotidiano do interior pernambucano após a morte de John Lennon
Por: AFP - Agence France-Presse
Publicado em: 27/03/2015 21:49 Atualizado em: 10/12/2015 17:42
Filme estreou no Festival Janela Internacional de Cinema. Foto: Divulgação |
O curta-metragem pernambucano João Heleno dos Brito, de Neco Tabosa, conquistou nesta sexta-feira o prêmio SIGNIS do Festival Cinelatino de Toulouse, na França.
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A cineasta brasileira Letícia Simões conquistou o prêmio de melhor documentário do Festival Cinelatino de Toulouse por Tudo vai ficar da cor que você quiser.
O júri reconheceu a "poética" de Simões ao "ponto de parecer estranha". Seu segundo filme narra, com estética punk, a vida do poera brasileiro Rodrigo de Souza Leão, que sofria de esquizofrenia.
"É um filme que tira o estigma da doença mental", destacou o jurado, para quem o documentário oferece uma reflexão entre a esquizofrenia e a criação.
A documentarista, emocionada, agradeceu pelo prêmio a toda a equipe com quem trabalhou. Antes da projeção de seu documentário, nesta quarta-feira, Simões explicou: "É um filme arriscado, mas espero que ainda haja um lugar para o risco". Suas expectativas de confirmaram.
O outro grande vencedor da noite foi o paraguaio Arami Ullón, que com o documentário "El tiempo nublado" (O tempo nublado), uma produção Paraguai-Suíça, obteve o prêmio SIGNIS, concedido pela Associação Católica Mundial para a Comunicação e o prêmio atribuído pelos estudantes do colégio agrícola Saint-Gaudens.
"El tiempo nublado" explica o retorno da documentarista ao seu Paraguai natal para cuidar da mãe epilética que também sofre de Alzheimer, ao mesmo tempo em que tenta construir sua própria vida.
"A realidade que o filme conta fala de muitos países latino-americanos e do meu Paraguai, que é um país quase invisível (...) Espero continuar mostrando meu país ao mundo", disse, durante a cerimônia de entrega.
Completam a lista de finalistas, entre os mais de 300 documentários inscritos, A revolução do ano (Brasil-Argentina), de Diogo Faggiano, Campo de jogo (Brasil) de Eryk Rocha, Después de Sarmiento (Argentina) de Francisco Márquez, El hombre nuevo (Uruguai-Chile) de Aldo Garay e La hora de la siesta (México) de Carolina Platt.
Curta-metragem
Niño de metal, do mexicano Pedro García Mejía, recebeu o prêmio Courtoujours, enquanto o brasileiro Neco Tabosa ganhou o SIGNIS.
A primeira edição do prêmio de melhor curta revelação ficou com o filme Completo, do colombiano Iván Gaona.
O Festival Cinelatino de Toulouse continuará no sábado com a entrega de prêmios ao melhor longa, disputados por 12 filmes.
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