Show Antes de tocar no Lollapalooza Brasil, banda Baleia se apresenta no Recife Grupo apresenta repertório sofisticado, definido como "som pós-mimimi"

Por: Luce Pereira - Diario de Pernambuco

Publicado em: 06/03/2015 10:20 Atualizado em: 06/03/2015 10:30


turnê nacional, que começou no último sábado,em Belo Horizonte, passou terça-feira por Salvador. Crédito: Baleia/Divulgação
turnê nacional, que começou no último sábado,em Belo Horizonte, passou terça-feira por Salvador. Crédito: Baleia/Divulgação

Faz tempo, eu estava caminhando numa grande loja de CDs quando ouvi uma banda, de sotaque espanhol, interpretando sucessos de Djavan. Fui me informar e descobri que se chamava Presuntos Implicados. Nome esquisito, não? Pouco importava: levei a bolachinha e não me arrependi. Vai que você também é dessas pessoas apenas interessadas em boa música, pouco se importando com o nome de grupos ou definições sobre o estilo deles … Neste caso, vale a pena conhecer o trabalho de uma banda que desde 2011 passou a ser conhecida na cena carioca por fazer um som, digamos, “pós-mimimi”, segundo definem os próprios integrantes, sem abandonar o humor e o desprezo por rótulos.

Último EP ao vivo da banda foi lançado em 2014. Crédito: Divulgação
Último EP ao vivo da banda foi lançado em 2014. Crédito: Divulgação
O pessoal da Baleia tem um “laboratório” próprio onde tudo é permitido: misturar sanfona com violino, piano com sintetizador, duas baterias numa mesma faixa ou, se preferir, Caymmi com Radiohead. O resultado é um som sofisticado, que passeia pelo jazz de mãos dadas com o pop. Sem preconceito.

No começo, os integrantes da Baleia - meninos e meninas com pouco mais de 20 anos - enfrentavam o incômodo de ficar mais conhecidos pelo DNA musical do que pela qualidade do trabalho. É que a primeira formação incluía, por exemplo, a vocalista Maria Luiza Jobim, filha caçula de Tom, que saiu da banda em 2012, e ainda Cairê Rego, filho do saxofonista Paulo Rego, além de David Rosenblit, primogênito do pianista Alberto Rosenblit. Isto sem falar que o produtor musical, Bruno Giorgi, é o caçula do cantor Lenine. Pode ser que,de início, a curiosidade em torno das crias de pais conhecidos do grande público tenha atraído holofotes para a banda, mas foram o talento e a criatividade que asseguraram luz própria.

“A preocupação é apenas fazer uma música com referências das quais gostamos muito, que tenha nossa cara e expresse nossos sentimentos”, diz o pianista/tecladista David Rosenblit, que acaba de desembarcar no Recife, junto com os outros integrantes, para uma apresentação nesta sexta-feira, a partir das 22h, no Espaço Cultural Estelita.

A Baleia vem fazendo turnê nacional, que começou no último sábado,em Belo Horizonte, passou terça-feira por Salvador, segue sábado para João Pessoa, chega dia 21 no Rio e termina em São Paulo. Não é pouco para quem gravou apenas o primeiro álbum, Quebra Azul, e se prepara para o segundo, “ainda em fase embrionária”, segundo o pianista.

Como tudo com os jovens geralmente começa de forma despretensiosa, com os da Baleia não foi diferente. Amigos de faculdade, reuniam-se para tocar o que gostavam e logo surgiu a ideia de levar os encontros para os palcos, apresentar as próprias composições. Decisão que se mostra cada vez mais acertada. Casa, Motim, Furo, Jiraya, In, Furo 2 (Sangue do Paraguai), Despertador e Breu estão disponíveis para download no site da banda (formada ainda por Felipe Pacheco/ guitarra e violino; João Pessanha/ bateria; Gabriel e Sofia Vaz/ vocal). Mas, combinemos, nada como “ao vivo e a cores”.

Serviço
Show das bandas Baleia e Rua
Onde: Espaço Cultural Estelita (Rua Saturnino de Brito, 385, Cabanga)
Quando: Sexta-feira (06), a partir das 22h
Ingressos: R$ 20
Informações: 3127-4143

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