Cinena
Filme brasileiro Que horas ela volta? é aplaudido no Festival de Sundance
Na trama, Regina Casé interpreta Val, nordestina que deixa a filha Jéssica (Camila Márdila) em Pernambuco para trabalhar como babá em São Paulo
Por: Agência Estado
Por: Estado de Minas
Publicado em: 28/01/2015 08:55 Atualizado em: 28/01/2015 09:52
Regina Casé vive empregada doméstica em filme da mesma diretora de "Durval discos". Crédito: Globo Filmes/Divulgação |
Realizado no estado americano de Utah, o Festival de Sundance é famoso por ser uma vitrine de trabalhos independentes americanos e internacionais. Com uma programação que se estende até o próximo dia 1º, o festival já está em seu sexto dia de programação e vem com destaques tão distintos quanto um documentário sobre cientologia e um drama brasileiro aplaudido de pé pelo público.
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Outro destaque é Me, Earl and the dying girl, de Alfonso Gomez-Rejon. Com uma carreira que inclui a direção de vários episódios de séries televisivas como American horror story e Glee, o cineasta é responsável por uma das surpresas do festival.
Parte da competição de dramas americanos, o filme conta a história de Greg (Thomas Mann), um adolescente excluído que é forçado a passar tempo com Rachel (Olivia Cooke), uma menina que ele mal conhece e está morrendo de leucemia. Baseado no livro do autor norte-americano Jessie Andres, que também assina o roteiro adaptado, o longa foi elogiadíssimo e se tornou motivo de cobiça das distribuidoras que garimpam o festival em busca de novos lançamentos.
Um filme nada adolescente, mas também notório, na programação é Going clear: Scientology and the prison of belief. O filme de Alex Gibney - ganhador do Oscar de Melhor Documentário por Um táxi para a escuridão - foca a cientologia, uma religião que faz sucesso entre famosos de Hollywood e foi fundada pelo escritor de ficção científica L. Ron Hubbard. Segundo ele, um tirano intergalático chamado Xenu matou vários de seu próprio povo mandando-os para a Terra e matando-os em vulcões.
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Os espíritos desses seres extraterrestres se apegam aos corpos humanos e trazem males espirituais, sendo a solução os ensinamentos da cientologia. Acusada de manter campos de trabalho e perseguir ex-membros, no filme de Gibney a religião é dissecada a partir de vários depoimentos - um deles do diretor Paul Haggis, ex-membro da igreja e vencedor do Oscar de Melhor Filme por Crash - No limite (2004) -, num documentário que afirma que membros são torturados, manipulados e passam por lavagens cerebrais.
Após as polêmicas em torno do lançamento de A entrevista, comédia cujo lançamento foi adiado devido a uma ameaça da Coreia do Norte, cujo ditador se irritou com o conteúdo da comédia, James Franco volta aos holofotes ao participar do festival por seu papel em True story, do diretor estreante Rupert Goold. No drama policial, Franco é Christian Longo, que assassinou sua mulher e seus filhos e, para fugir da polícia, se apresentava como Michael Finkel, um jornalista americano interpretado por Jonah Hill. O drama foca a relação dos dois, que começaram a se comunicar depois da prisão de Longo.
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