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"Mercado de São José"

Mercado de São José era um cemitério, aponta pesquisa arqueológica da UFRPE

Foram encontrados mais de 30 esqueletos humanos, além de uma grande quantidade de outros tipos de vestígios.

Publicado em: 14/04/2025 13:30 | Atualizado em: 14/04/2025 14:47

 (Foto: Divulgação/ UFRPE)
Foto: Divulgação/ UFRPE
Uma pesquisa arqueológica desenvolvida pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFPE), no Mercado de São José, na área central do Recife, constatou que o centro comercial era um cemitério, antes de se tornar um mercado público.

Essa descoberta foi um dos temas de uma visita realizada por representantes da universidade ao local,  para saber o andamento dos trabalhos de pesquisa, assim como o trabalho de requalificação e restauro do Mercado de São José, edificação tombada como Monumento Nacional desde 1973.

No mercado,  já foram encontrados mais de 30 esqueletos humanos, além de grande quantidade de outros tipos de vestígios.

A pesquisa, que teve início em outubro de 2024, é denominada como “Acompanhamento, Prospecção, Pesquisa Arqueológica e Monitoramento das Obras de Requalificação do Mercado de São José – Bairro de São José – Recife/PE”. 

Atualmente, para a equipe do Núcleo de Ensino e Pesquisa Arqueológica da UFRPE (NEPARQ), que analisou documentação histórica do local, o Mercado de São José está definido como um sítio arqueológico tipificado como sítio-cemitério. 

O trabalho arqueológica está sendo realizado através do Convênio entre a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), a Fundação Apolônio Salles de Desenvolvimento Educacional (FADURPE), e a Secretaria de Infraestrutura SEINFRA da Cidade do Recife, conjuntamente com a Autarquia de Urbanização do Recife (URB).

Atualmente, o Mercado de São José está definido como um sítio arqueológico tipificado como sítio-cemitério. 
 
Segundo a  instituição, essa definição oferece uma nova perspectiva sobre a relevância histórica e cultural deste espaço no Recife. 
 
"Essa classificação transcende a visão tradicional de um local de comércio e interação social, inserindo-o em uma categoria que reconhece sua complexidade como um espaço de memória, práticas funerárias e relações entre vivos e mortos", acrescentou. 

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