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Tapumes no Cais José Estelita mostram que parque público está saindo do papel

Consórcio Novo Recife deverá divulgar mais detalhes sobre projeto no final deste mês.


Quem circula pelo Cais José Estelita já deve ter notado a mudança na paisagem da região do antigo Pátio Ferroviário das Cinco Pontas, ao lado do viaduto de mesmo nome, no bairro de São José. Desde o início desta semana, o local está sendo isolado por tapumes de alumínio, o que significa que o parque público previsto no projeto Novo Recife começará a sair do papel. O prazo de entrega deverá ser anunciado no final deste mês. 

 

A construção do parque faz parte do modelo final acordado, em junho do ano passado, pelo Consórcio Novo Recife – encabeçado pela Moura Dubeux; a Prefeitura do Recife (PCR); e a Advocacia-Geral da União (AGU) com o objetivo de integrar ao projeto, a área do histórico Pátio Ferroviário das Cinco Pontas. A integração envolve a criação deste parque com a recuperação e proteção dos elementos da memória ferroviária tombados existentes no local. 

 

O acordo também prevê a remoção do muro da Avenida Sul para ligação entre os bairros do Cabanga e São José. Segundo a Moura Dubeux, o “parque linear será uma área de lazer e convivência para a cidade, integrando-se ao projeto de urbanização da região. Sua estrutura contará com espaços verdes, áreas de contemplação e equipamentos para uso da população”.  

 

Na época da assinatura, o prefeito João Campos enfatizou que a área pública passou dos iniciais 50 mil metros quadrados para quase 100 mil metros quadrados.

 

O acordo estabeleceu ainda que, em troca da regularização da área, o Consórcio se comprometia a investir R$ 21 milhões na recuperação de equipamentos federais históricos, que são o areeiro, a oficina de locomotivas, a caixa d’água e o tanque de combustível, e também deve indenizar a União em R$ 900 mil pelos trechos sobrepostos, que passarão a ser área privada de uso público.

 

O pátio ferroviário de 55,6 mil metros quadrados corresponde a um terço do terreno que era de propriedade da antiga Rede Ferroviária Federal (RFFSA), extinta em 2007. É a área operacional do terreno, que não foi leiloada quando a União decidiu se desfazer dos imóveis da RFFSA, e pertence hoje ao Dnit. Com construções que datam de 1858, o pátio foi o incluído em 2015 na Lista do Patrimônio Cultural Ferroviário pelo Iphan.

 

A Moura Dubeux assegurou que os galpões que, hoje, compõem a paisagem local serão restaurados, respeitando “a sua relevância arquitetônica e cultural”. A destinação final deles ainda está sendo alinhada em conjunto com os órgãos públicos. Os empreendedores garantem que “o cronograma de entrega segue o planejamento definido com as autoridades envolvidas”.

Leia a notícia no Diario de Pernambuco