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Vaccinação

A partir de segunda (28), começa o processo de vacinação nas escolas públicas da rede estadual em Pernambuco.

Conforme a Secretaria Estadual de Saúde, a criança deve ir para a escola com o cartão de Imunização para avaliação ou para vacinação.

Publicado em: 25/04/2025 15:05

 (Foto: Philipe Jonathan/Divulgação)
Foto: Philipe Jonathan/Divulgação
A partir de segunda (28), começa o processo de vacinação nas escolas públicas da rede estadual em Pernambuco. A iniciativa vai até o dia 2 de maio. A ação integra o plano de imunização de crianças e adolescentes, menores de 15 anos. Em março deste ano, os municípios pernambucanos foram alvo de 424 ações em escolas. Ao todo, foram mais de 20.000 mil doses de vacinas aplicadas. Segundo o governo pernambucano, serão aplicadas as seguintes vacinas: gripe, Covid-19, HPV além de outros imunobiológicos do calendário básico de rotina.

O que levar

Ainda conforme a Secretaria Estadual de Saúde, a criança deve ir para a escola com o cartão de Imunização para avaliação ou para vacinação. 
As unidades escolares enviam, antecipadamente, comunicado às famílias dos estudantes os documentos necessários às ações.
A atividade contribui para a criação de um ambiente seguro e saudável para crianças e adolescentes, ajudando a reduzir a evasão escolar causada por doenças. 
Além disso, diminui o risco de contaminação, especialmente considerando que as escolas são ambientes de grande aglomeração.

HPV
A vacinação contra o HPV ganha foco especial em 2025. 
Disponibilizada no calendário básico para crianças entre 9 e 14 anos, ela previne o câncer de colo do útero, de pênis, de ânus, de uretra e de garganta, além de verrugas genitais.  
A vacinação contra o HPV, introduzida no calendário nacional em 2014, ainda enfrenta resistências, muitas vezes baseadas em mitos e desinformação. 
 
Por isso, a SES-PE adotou uma abordagem direta nas escolas, com ações educativas para desmistificar a relação da vacina com a iniciação sexual precoce.

O diferencial da campanha pernambucana também está na inclusão de adolescentes de 15 a 19 anos que, por diversos motivos, não tomaram nenhuma dose da vacina contra o HPV. 
Essa faixa etária está concentrada majoritariamente nas escolas da rede estadual e será foco de ações complementares a partir do próximo ano.

“O Ministério da Saúde reconheceu Pernambuco como referência nacional. A própria ministra Nísia Trindade destacou nossa atuação contínua e estratégica. Seguiremos firmes com esse compromisso, buscando ampliar a cobertura vacinal e protegendo nossos jovens contra doenças que são evitáveis”, destaca a superintendente.

A execução da vacinação é feita pelas equipes municipais de saúde, com insumos e vacinas fornecidos pelo governo federal. Os estudantes serão imunizados nas próprias escolas ou, em alguns casos, encaminhados à unidade básica de saúde de referência — sempre com o consentimento dos pais ou responsáveis.
 
Articulação
 A campanha integra as ações do Programa Saúde na Escola (PSE) e se articula com a Semana Saúde na Escola, iniciativa federal que, em 2025, terá como tema “Vacinação nas Escolas – Ciência e Defesa da Vida”. 

A meta nacional é imunizar 30 milhões de estudantes com menos de 15 anos até o final de abril.  Pernambuco, no entanto, seguirá com sua campanha própria ao longo de todo o ano letivo.
 
Balanço
Em 2024, a estratégia estadual resultou na aplicação de mais de 56,7 mil doses em estudantes, em 1,9 mil escolas, de março a agosto. 

Em 2023, entre março e dezembro, durante o an letivo, foram aplicadas 70.908 doses de vacinas em 2 mil escolas de todos os municípios pernambucanos.

“O Ministério da Saúde definiu uma campanha de vacinação escolar apenas para os meses de março, abril e maio. Mas em Pernambuco, seguimos o ano inteiro. Somos pioneiros nessa estratégia e continuamos vacinando de março a dezembro nas escolas. Trabalhamos com um pacote de 15 a 16 vacinas do calendário básico, com um foco especial no HPV”, explica Magda Costa, superintendente de Imunizações do Estado.

Além de facilitar o acesso dos estudantes às vacinas, a estratégia visa também enfrentar um problema recorrente nas unidades de saúde: a ausência dos pais ou responsáveis, muitas vezes impedidos de comparecer por motivos profissionais. No ambiente escolar, além de segurança e praticidade, os adolescentes recebem informações de conscientização sobre a importância da imunização e os riscos da desinformação.

“A gente entende que as famílias têm cada vez mais confiado na vacinação feita na escola. É um ambiente seguro, educativo e informativo. Muitos adolescentes, ao entenderem que a vacina contra o HPV protege contra diferentes tipos de câncer e verrugas genitais, acabam aderindo e ainda incentivam os colegas a tomarem a dose também”, reforça Magda.

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