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Museu da Unicap recebe R$ 4 milhões da Finep

O valor será utilizado na curadoria, sistematização, divulgação e modernização das coleções do Museu

Localizado no bairro da Boa Vista, no Recife, o Museu guarda um dos principais acervos sobre a pré-história de Pernambuco

Com quase 40 anos de existência, o Museu de Arqueologia e Ciências Naturais da Universidade Católica de Pernambuco possui um dos acervos mais antigos sobre a pré-história pernambucana. O Museu, referência na conservação da história do Estado, tem 800 esqueletos completos do sítio arqueológico Furnas do Estrago, no município Brejo da Madre de Deus, além de também possuir coleções biológicas, paleontológicas e etnológicas. Em 2024, como atestado da sua importância para Pernambuco, a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) aprovou o investimento de R$ 4 milhões no Museu.

A coordenadora do Museu, Roberta Richard Pinto, comenta a importância do investimento para o Museu

Já o projeto de modelagem de tecnologias emergentes traz a criação do Laboratório de Prototipagem que poderá ser acessado por outras empresas e instituições de ensino. Com esse laboratório, alguns objetos serão transformados em acervo digital e para serem utilizados como apoio pedagógico no ensino de Ciências Naturais e do Meio Ambiente, Paleontologia e Arqueologia. No site do Museu, estão disponíveis seis materiais que podem ser utilizados por professores da rede pública e privada de ensino.

Além do Laboratório de Prototipagem, o Museu também abriga três outros laboratórios de pesquisa: O Laboratório de Biodiversidade e Educação Ambiental, um Laboratório de Diversidade de Anfíbios e Répteis e um Laboratório de Restauração, Conservação e Educação Patrimonial. “O Museu é uma rede de apoio tanto para o núcleo de pesquisa, como também para trabalhos de estágio, iniciações científicas, produções de mestrado, de doutorado e isso engloba tanto os cursos e os estudantes daqui da Unicap, como também de outras instituições de ensino superior”, comenta Roberta.

O processo para a aprovação no edital demandou uma articulação interna de pesquisadores e estudantes dos cursos de graduação e pós-graduação que já funcionavam como núcleo de pesquisa dentro da instituição. Mas, apesar desse investimento substancial, a coordenadora ainda relata dificuldades na adequação do Palácio Soledade, sede do Museu desde 2016, às atividades exercidas no local. A parceria entre 10 pesquisadores e professores da Universidade Católica de Pernambuco, seus estudantes e demais voluntários que queiram trabalhar nesses projetos são fundamentais para garantir o bom funcionamento e enfrentar os desafios ainda existentes.

O Museu

As exposições do Museu podem ser visitadas gratuitamente de terça a sexta, das 9h às 16h, e no sábado das 9h às 12h

 
Atualmente, estão expostas duas exibições permanentes, “Do Passado ao Presente”, que faz uma verdadeira viagem no tempo, desde os mamíferos gigantes que habitavam a região no período do Pleistoceno, a uma comunidade indígena que viveu no Agreste de Pernambuco a mais de 2.000 anos, até o período colonial do estado. Já a exposição “Do Mar ao Sertão”, leva os visitantes aos biomas existentes no estado de Pernambuco, demonstrando as relações sócio-econômicas entre esses biomas com as comunidades tradicionais. Ambas as exposições trazem tanto peças originais dos seus respectivos períodos quanto réplicas criadas por impressões 3D.

Para aqueles que não podem visitar presencialmente o Museu, no site da instituição também é possível realizar um tour virtual por toda a sua extensão.

Leia a notícia no Diario de Pernambuco