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OPERAÇÃO DROPS

Operação "Drops" desarticula rede de tráfico de drogas sintéticas em Pernambuco e outros estados

Investigação iniciou em setembro de 2020 e envolveu o trabalho de 90 policiais civis; grupo criminoso movimentou cerca de R$ 15 milhões entre 2019 e 2024.

Publicado: 27/02/2025 às 16:17

Uma operação policial coordenada pela Delegacia de Porto de Galinhas (10ª DESEC) e com o apoio da Polícia Civil de Pernambuco (PCPR) e de São Paulo (PCSP) resultou na desarticulação de uma organização criminosa especializada no tráfico de drogas sintéticas. A Operação "Drops", iniciada em setembro de 2020, revelou um esquema de distribuição de substâncias como LSD, MDMA, ecstasy, entre outras, com movimentação financeira estimada em quase R$ 15 milhões entre 2019 e 2024.

O delegado encarregado da investigação, Ney Luiz Rodrigues, da DP de Porto de Galinhas, explicou que a operação iniciou após a prisão em flagrante de dois indivíduos em Ipojuca, no litoral sul de Pernambuco, que estavam transportando drogas sintéticas para Tamandaré, cidade vizinha. A partir desse momento, o trabalho de investigação se intensificou, com a identificação de membros da organização criminosa em diversas cidades, incluindo Recife, Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe, Garanhuns e Igarassu, em Pernambuco, além de Campinas (SP) e Francisco Beltrão (PR).

A investigação foi apoiada pela Diretoria de Inteligência da Polícia Civil (Dintel) e pela assessoria do Núcleo de Investigação de Crimes de Drogas Sintéticas (NIDIM), e contou com a participação de 90 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães. A operação culminou na prisão de vários integrantes do esquema, incluindo sete mulheres, duas das quais desempenhavam papéis de liderança no grupo criminoso.

Segundo o delegado Rodrigues, a operação foi batizada de "Drops" devido à descoberta de uma "tabela de drops", um termo utilizado para se referir à lista das drogas sintéticas comercializadas pela organização. Entre os itens mais vendidos, estavam o LSD, o MDMA (ecstasy) e balas ecstasy, além de outras substâncias como maconha, cocaína e skunk.

Em um desdobramento, o Juízo da Vara Criminal de Ipojuca determinou o sequestro de ativos financeiros ligados ao tráfico, totalizando R$ 5.022.294,00. A medida visa dificultar a continuidade das atividades ilícitas e punir financeiramente os responsáveis pelo esquema criminoso.
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