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Investigação

Acusado de matar DJ em Boa Viagem admitiu homicídio, diz testemunha

José Joares Macedo, de 22 anos, é acusado de matar a tiros o DJ Tinho Pimentel, em um bar no Recife

Publicado em: 25/02/2025 12:41

DJ Tinho Pimentel, vítima do homicídio  (Reprodução/ Redes sociais)
DJ Tinho Pimentel, vítima do homicídio (Reprodução/ Redes sociais)


Acusado de matar a tiros o DJ Geraldo Campelo da Paz Portela Neto, mais conhecido como Tinho Pimentel, de 29 anos, o estudante José Joares Macedo, de 22, teria confessado o assassinato logo após ser preso. O crime aconteceu em um restaurante na Rua dos Navegantes, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, no dia 16 de fevereiro.

A informação consta no interrogatório de um homem de 21 anos, obtido pelo Diario de Pernambuco, que também foi preso durante a operação responsável por capturar o autor do homicídio. Os dois estavam no mesmo imóvel em Rio Doce, em Olinda, no Grande Recife, usado para o tráfico de drogas, segundo a Polícia Civil.

Em interrogatório, o homem negou ser traficante ou usuário de drogas e declarou que trabalha como lavador de cães em um pet shop. Segundo depôs, ele pagava R$ 300 de aluguel e não sabia que o local também funcionava como boca de fumo.

Aos policiais, a testemunha relatou que José Joares chegou ao imóvel, acompanhado de outro rapaz, na madrugada de sexta-feira para sábado (22). “O interrogado  não sabia ao certo o nome completo do indivíduo nem que ele era foragido da Justiça”, diz o documento.

“Durante a ação policial no local, José Joares confessou ter cometido um homicídio, informação que o interrogado desconhecia até então”, registra, no depoimento.

A suposta confissão, no entanto, não foi formalizada no interrogatório de José Joares. Na ocasião, ele estava acompanhado do seu advogado na ocasião e optou por ficar em silêncio.

Captura

Alvo de mandado de prisão, José Joares foi capturado por volta das 12h45 de segunda-feira (24). A operação foi coordenada pela 3ª Delegacia de Polícia de Homicídios (DPH).

Segundo o inquérito, o foragido estava escondido em um quarto dos fundos de uma casa, na Rua da Amizade, em Rio Doce. Natural de Picuí, Jose Joares teria sido procurado inicialmente pela Polícia Civil na Paraíba, seu Estado natal.

No local, os agentes também encontraram maconha, pó branco, que possivelmente é cocaína, e duas balanças de precisão. Por causa do material apreendido, José Joares e o outro homem foram autuados em flagrante por tráfico de entorpecentes.

Vídeos de câmeras de segurança mostram o momento em que DJ Tinho Pimentel é morto dentro do bar. Segundo testemunhas, Geraldo, ele estava consumindo bebida alcoólica com amigos quando começou a discutir com um deles.

A discussão, que ocorreu 20 minutos antes do assassinato. O suspeito aparece gritando e tentando avançar contra o DJ, enquanto amigos tentam contê-lo. Durante toda a confusão, a vítima não demonstra reação e, aparentemente, tenta evitar o conflito. 

A advogada da família da vítima, Emili Diniz, afirmou que ainda não há confirmação oficial sobre a motivação do crime. No entanto, ela relatou que testemunhas apontaram três possíveis causas: uma briga por causa de uma mulher, um desentendimento entre amigos e também um conflito envolvendo o aluguel de uma lancha.  

Segundo relatos, o suspeito teria desembolsado R$ 1,6 mil pelo aluguel, mas a lancha teria apresentado problemas mecânicos no dia do combinado, e o DJ não teria devolvido o dinheiro.

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