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''Ele deu dois chutes no padrasto para defender a mãe'', diz avô de Zezinho

De acordo com José Pereira, de 64 anos, o seu neto de sete anos, encontrado morto próximo ao açude em Frei Miguelinho, no Agreste pernambucano, no domingo (19) foi jurado pelo padrasto

Avô de Zezinho esteve no IML na manhã desta segunda-feira (20)

Na manhã desta segunda-feira (20), o avô de José Felipe da Silva, conhecido como Zezinho, de apenas sete anos, que foi encontrado morto em Frei Miguelinho, no Agreste pernambucano, esteve no IML do Recife e falou sobre a possível motivação do crime.  

Em entrevista para o Diario de Pernambuco, José Pereira, de 64 anos, disse que a filha havia brigado com o atual companheiro, padrasto da vítima, dias antes.  

“Meu neto deu dois chutes no pé do padrasto para defender a mãe. Na hora, ele (padrasto) ficou com raiva e disse para a minha filha que não ia ficar assim e que iria se vingar. Não sei se ele estava discutindo ou tentando agredir ela”, desabafou o avô.
  
José Pereira contou que Zezinho morava com ele desde novinho e que tinha uma rotina tranquila com a família. “Apesar de morar comigo, ele convivia com a mãe porque moramos perto. Na quinta-feira (16), eu saí para trabalhar de manhã, como servidor público, e deixei ele dormindo. Quando eu voltei, Zezinho não estava mais. Eu sai perguntando aos vizinhos, fui na casa das crianças, de todo mundo e nada. Comecei a procurar pelos matos e só achamos no sábado, perto do açude, um pouco distante da minha casa.”  

Questionado sobre a relação do padrasto com o menino, José informou que os dois costumavam sair pela manhã para tirar ração para os animais. “Acredito que foi desse jeito que ele pegou meu menino e levou. Sem eu ver e sem minha filha ver.” 

Segundo o avô da vítima, a filha e o atual companheira estavam juntos há pouco mais de dois anos e não discutiam com frequência. “Nunca me meti nos relacionamentos dela. Mesmo ele sendo de menor, eu aceitei. Além dele, minha filha teve outros dois maridos, o pai de Zezinho, que ajudou bastante na procura, e o pai do filho mais novo de 3 anos.” 

Devido aos apontamentos dos moradores da área sobre o suposto envolvimento da mãe na morte do menino, José Pereira resolveu se pronunciar e defender a filha: 

“Ela não tem culpa e jamais concordaria com essa crueldade. Nesse dia (16), ela tinha saído para matricular o outro filho na escola e demorou bastante. Quando voltou para casa, também não viu o menino, mas achou que estava comigo. Ela está arrasada.” 

Zezinho será batizado e enterrado na tarde desta segunda-feira (20), no Cemitério Parque da Saudade, em Frei Miguelinho, no Agreste de Pernambuco.

Leia a notícia no Diario de Pernambuco